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Arbois

Arbois é a cidade onde Louis Pasteur passa a infância e juventude. Igualmente a Dole, a casa da família abre-se diretamente para o rio, onde no subsolo há fossas redondas para o curtimento de peles, ofício de seu pai.

Anos antes, seu pai, Jean-Joseph Pasteur (1791-1865) havia sido convocado para a Guerra da Espanha (1812-1813), na qual foi nomeado sargento-mor e recebeu a cruz de Cavalheiro da Legião de Honra pelo imperador Napoleão Bonaparte (1769-1821).

De personalidade reservada, o pai de Louis zelava pela educação do filho, tornando-se seu professor particular. Sua presença foi marcante durante toda a vida do cientista, fornecendo-lhe conselhos, ensinando sobre honra, justiça e dever.

Jeanne-Etienette Roqui (1793-1848), mãe de L. Pasteur, tinha características contrastantes e complementares ao marido, mostrando-se entusiasta e imaginativa.

Na pequena cidade de Arbois, às margens do Rio Cuisance, Louis Pasteur passou os primeiros anos de sua vida, sem nada chamar a atenção, exceto seus desenhos e pastéis que revelavam um poderoso dom da observação e uma rara preocupação com a precisão (Pasteur Vallery-Radot, 1956, p. 8).

Pinturas de ambos os pais foram realizadas por Louis Pasteur na juventude. Aos 13 anos, retratou sua mãe, em sua primeira obra em pastel. Aos 19 anos, sua última pintura é de seu pai.

O irmão mais velho de L. Pasteur, Jean-Denis, faleceu nos primeiros meses de vida. A irmã mais velha, Jeanne-Antoine (apelidada de Virginie), casa-se com o primo Gustave Vichot. Futuramente, o casal sucede a Jean-Joseph no curtume em Arbois.

As duas irmãs mais novas do cientista, Joséphine e Émilie, falecem jovens, aos 25 e 26 anos. A primeira, de doença pulmonar, e a segunda, após sequelas de uma encefalite adquirida aos 3 anos de idade, que progrediu para uma deficiência mental.

Bastante jovem, L. Pasteur tomou consciência de ser o único “macho da ninhada”. Em suas cartas, pode-se ler todos os tipos de conselhos e atenções às irmãs.

 

Da casa em Arbois, Louis partiu com o coração pesado, numa manhã de outubro de 1838, com seu amigo Jules Vercel, para ir à Paris para se preparar para o concurso para a École Normale. Poucas semanas depois, ele pega o caminho para Arbois, com saudades de casa. Porém, nos meses seguintes, ele dobra sua alma sensível sob a disciplina de sua vontade. Saiu de novo da casa do pai para ir ao colégio de Besançon, onde passou no bacharelado em ciências, com nota medíocre em química (Pasteur Vallery-Radot, 1956, p. 8).

Referências:

DEBRÉ, Patrice. Pasteur. São Paulo, SP: Scritta, 1995.

PASTEUR VALLERY-RADOT, Louis. Images de la Vie et de l´Œuvre de Pasteur. Paris, França: Flammarion, 1956.

Mesa e panfletos

Busto de Louis Pasteur e panfletos na entrada da Maison Pasteur.

Maison de Louis Pasteur

Fachada atual da Maison de Louis Pasteur.

Jean-Joseph Pasteur

Pintura em pastel de Jean-Joseph, realizada por Louis Pasteur aos 19 anos.

Cruz de Cavalheiro da Legião de Honra

Cruz de Cavalheiro da Legião de Honra recebida pelo pai de Pasteur pelo imperador Napoleão Bonaparte. Junto, a Medalha de Santa Helena.

Jeanne-Etienette Roqui

Jeanne-Etienette Roqui, mãe do cientista, em pastel realizado por Louis Pasteur aos 13 anos de idade.

Maison Pasteur aberta

Sinalização na entrada da Maison Pasteur, indicando estar aberta à visitação.

Sinalização nas ruas de Arbois

Sinalização nas ruas de Arbois indicando o caminho da Maison Pasteur.

La Maison de Louis Pasteur

Folder ilustrado da Maison de Louis Pasteur.

Placa informativa

Uma das muitas placas informativas na cidade de Arbois, com dados históricos.

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