top of page

Resultados da Busca

66 itens encontrados para ""

  • Amigos de Infância e Adolescência | Pasteur Brasil

    Voltar para os Grupos Amigos de Infância e Adolescência Alexandre Charrière, Guillemin e Ferdinand Coulon ? Junto a estes três amigos franceses de infância em Arbois, Pasteur e os irmãos Vercel (descritos a seguir) pescavam no rio Cuisance, onde banhavam-se no verão. Gostavam de escorregar na neve no inverno em pequenos trenós, além dos jogos da época: bolinhas de gude, jogo da péla (ancestral do tênis) (Debré, 1995, p. 32). Os meninos também participavam da colheita e das festas da uva. Gostavam de matar passarinhos, mas Pasteur se recusava (Garozzo, 1974, p. 31). Louis Pasteur junta-se às propostas de brincadeiras dos amigos, mas afasta-se desgostoso quando se trata de ferir ou apanhar um pássaro (Viñas, 1991, p. 33). ​ ​ Jules Vercel e Altin Vercel 1819-1894 / 1820-1901 Os irmãos Vercel se tornaram amigos de Pasteur desde à infância em Arbois. Eram franceses, filhos de vinhateiros. Pasteur faz o retrato, em pastel, de Altin Vercel. ​ Aos 15 anos Pasteur e Jules vão à Paris para estudar. Alojam-se no Instituto Barbet (senhor do Franco-Condado). Jules era divertido e alegre, de modo que tudo era bom e agradável em Paris. Porém, Pasteur fica sem dormir, não come direito e só fala do Jura. Então, retorna para a casa dos pais logo depois. Jean-Joseph, o pai, vai até Paris buscá-lo (Garozzo, 1974, p. 30, 40-42). ​ Mais tarde, em 1870, em pesquisas sobre os microorganismos, Pasteur visita diferentes localidades, dentre elas Arbois, onde, acompanhado pelo amigo de infância Jules Vercel, carregou vinte frascos e adentrou os campos para a coleta do ar ambiente (Garozzo, 1974, p. 97-98). ​ Em fevereiro de 1894, Pasteur recebe com tristeza a comunicação da morte de seu querido amigo de infância Jules Vercel (Debré, 1995, p. 546). ​ Ao saber do falecimento, Pasteur escreve à esposa de Jules: “Minha esposa e meus filhos esconderam de mim por alguns dias a perda cruel que você acabou de sofrer, sabendo bem a profunda tristeza que eu experimentaria. Durante todo o inverno este querido amigo passou por uma cruel provação. Eu senti muito, do fundo do meu coração. Agora eu choro por ele, o melhor dos homens e o mais fiel dos amigos” (Ref. https://ader.auction.fr/_fr/lot/louis-pasteur-las-paris-27-fevrier-1894-a-mme-jules-vercel-a-arbois-frac34-page-13987739#.YC96I-hKjnY ). ​ Mais informações: https://www.confrerie-royal-vin-jaune.fr/Mystn-rieux-vin-jaune-17.html ​ Charles Chappuis 1822-1897 Filósofo francês. Inspetor Geral Honorário da Educação Primária em 1894. ​ Amigo de Pasteur desde a época dos estudos no Collége Royal de Besançon. “É o único capaz de tirar Pasteur do mutismo e diverti-lo” (Debré, 1995, p. 41). ​ Este grande amigo de Pasteur é filho do tabelião de Saint-Vit. Pasteur sente-se bem com "esse camarada pouco expansivo e aprecia sua tenacidade e autoridade, quando ambos mergulham em seus deveres de filosofia" (Debré, 1995, p. 41). ​ Pasteur e Chappuis têm uma excelente relação afetiva e intelectual. Compartilham leituras e deveres de filosofia. ​ Aos 17 anos, Pasteur vai com Chappuis para Paris estudarem no Liceu Saint-Louis e se prepararem para o concurso da École Normale Superieure. Aloja-se novamente no Instituto Barbet (senhor do Franco-Condado). Gostavam de passar os finais de semana em uma biblioteca, lendo obras filosóficas. Fizeram raros passeios pela cidade. ​ Chappuis torna-se filósofo, doutor em Letras, professor de Filosofia da Faculdade de Letras de Besançon e escritor. ​ “Chappuis vai tornar-se, na vida, o amigo privilegiado e confidente de Pasteur, respeitando suas escolhas e guiando as suas ambições” (Debré, 1995, p. 41). ​ Ref. https://data.bnf.fr/en/10429857/charles_chappuis/ ​ Pierre-Augustin Bertin 1818-1884 Físico francês. ​ Amigo de Pasteur desde o tempo do Collège Royal de Besançon, onde Pasteur vai estudar aos 17 anos, diplomando-se bacharel em Letras. ​ Bertin estudará com Pasteur na École Normale Supérieure em Paris e se tornará professor de Física na Faculdade de Estrasburgo. Bertin foi companheiro jovial e agradável, sempre fiel ao amigo. Foi um dos únicos amigos capazes de divertir o introvertido Louis Pasteur, se tornando companhia inseparável. Torna-se professor de Física na Faculdade de Estrasburgo. ​ Pasteur chega a Estrasburgo em 22/01/1849. "Assim que desembarca, instala-se na casa de Pierre-Augustin Bertin, no cais des Pêcheurs, a alguns passos da faculdade" (Debré, 1995, p. 79). ​ Bertin receberá o cientista na cidade e o apresentará ao reitor da Universidade, Aristide Laurent, o futuro sogro de Pasteur. Em Paris, também ajudará Louis na seleção dos estagiários para o laboratório na Rua Ulm. ​ ​ Jules Marcou 1824-1898 Geólogo francês. Trabalhou vários anos com Louis Agassiz (1807-1873) nos Estados Unidos. ​ Jules Marcou nasceu no Jura, colega de classe em Besançon, amigo por toda vida de Louis Pasteur. ​ Pasteur faz seu desenho em pastel, de uniforme escolar. ​ Como geólogo, Marcou participa da exploração científica das Montanhas Rochosas nos EUA. Ainda jovem, publicou o primeiro Mapa Geológico dos Estados Unidos (1853) e posteriormente o Mapa Geológico da Terra (1861 e 1875), que teve grande sucesso. ​ Torna-se professor na Universidade de Harvard. ​ Em fevereiro de 1893, devido às sequelas do AVC, Marie Pasteur escreve a Jules Marcou: "Caro senhor Marcou, seu amigo Pasteur continua a passar bem, mas precisa se resignar a deixar de lado todo o trabalho cansativo. Ele se interessa pelo trabalho dos outros. É com prazer que ainda comparece às Academias. Solícito, observa seus netos crescerem, e, com os cuidados que deve dispensar à saúde, o tempo passa sem muita dificuldade" (Debré, 1995, p. 546). ​ Próximo Grupo

  • Equipe Extrafísica | Pasteur Brasil

    Voltar para os Grupos Equipe Extrafísica Marco Antônio Ferreira de Almeida 1971- Médico pneumologista e conscienciólogo brasileiro, Marco Almeida n asceu no Rio de Janeiro, RJ, Brasil, em 30 de outubro de 1971. ​ Formado em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), fez residência médica em Pneumologia na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), sendo membro da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). Fez e specialização em Educação Médica na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), sendo preceptor da residência de Clínica Médica no Hospital Municipal Padre Germano Lauck. ​ Acessou a Conscienciologia em 1991, no Rio de Janeiro, RJ, por meio de Palestra Pública do Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia (IIPC). Voluntário da Conscienciologia desde 2001, nas Instituições Conscienciocêntricas: IIPC, de 2001 a 2002; Centro de Altos Estudos da Conscienciologia (CEAEC) em 2003; Organização Internacional de Consciencioterapia (OIC) desde 2003, sendo coordenador geral de 2015 a 2019. Docente de Conscienciologia desde 2001; consciencioterapeuta desde 2003; tenepessista desde 2004; epicon desde 2017. ​ É radicado em Foz do Iguaçu / PR desde novembro de 2002, sendo voluntário-residente no Campus da Organização Internacional de Consciencioterapia (OIC), no bairro Cognópolis, desde 08 de janeiro de 2011. ​ Coautor de capítulo de livro: SARA / SDRA (Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo) na obra Emergências Respiratórias, organizada por Eduardo Cesar Faria, publicada no Rio de Janeiro, RJ pela Editora de Publicações Biomédicas (EPUB) em 2002. ​ Títulos de artigos conscienciológicos: Síndrome da Banalização dos Autodiagnósticos; Fundamentos da Consciencioterapia Dessomática; Posturas Grupais visando à Desperticidade; Autoconscienciometria e Infogrupalidade; Autoprofilaxia das Irracionalidades Antiassistenciais; Apriorismose; Miniconscienciograma das Patologias Humanas; Para-Afetividade: Proposição de Técnicas Consciencioterápicas; A Evolução Histórica dos Paradigmas de Saúde. Verbetes da Enciclopédia da Conscienciologia: Autorremissibilidade Consciencioterápica (2012); Percepção de Auteficácia Consciencioterápica (2013); Síndrome da Banalização do Autodiagnóstico (2013); Parafetividade Terapêutica (2013); Ação Trafaricida (2013); Inteligência Autoconsciencioterápica (2014); Inquietação Aversiva Autocogniciofóbica (2015); Consciencioterapia Metacognitiva (2016); Atendimento consciencioterápico (2017); Antiofensividade Interconsciencial (2018); Ferida Emocional (2019); Superação da Tanatofobia (2020); Traumastenia Consciencial (2020); Interação Coronavírus-Coronochacra (2020); Negacionismo da Autorrealidade (2020); Cicatriz Evolutiva (2020). ​ Tertúlias Matinais: Fisiologia da Autocognição (2017); Alegria: Tonalidades e Sutilezas (2019); Autexposição Interassistencial (2020); Aspectos Autoconsciencioterápicos da Ortodessomaticidade (2023); Expedição Seriexológica Interassistencial (2024). ​ Epicentrismo em Debate: Biparatranse Heurístico (2021); Diligência Assistencial Parapsíquica (2022); P rofilaxia da Iatrogenia Consciencial (2022); Megadesafios Homeostaticológicos do Epicon (2022); Saúde Somática do Epicon (2023); Saúde Energossomática do Epicon (2023); Saúde Psicossomática do Epicon (2023); Saúde Mentalsomática do Epicon (2023); Autocognição Energoterapeuticológica (2023); Saúde Holossomática do Epicon (2024); Síndrome de Cassandra (2024); Expedição Parapsíquica de Desassédio (2024). ​ Ref. https://www.icge.org.br/?page_id=1417 Ref. https://www.conselhodeepicons.org.br/?page_id=651 Ref. Faria, Eduardo Cesar. Emergências Respiratórias. Rio de Janeiro, RJ: EPUB, 2002, p. 97-106. Ref. Vieira, Waldo (org). 500 Verbetógrafos da Enciclopédia da Conscienciologia. Foz do Iguaçu, PR: Editares, 2016, p. 393. ​ Waldo Vieira 1932-2015 Waldo Vieira nasceu em Monte Carmelo, Minas Gerais, em 12 de abril de 1932, filho do dentista Armante Vieira e da professora Aristina Rocha. Pesquisador independente, escritor e professor, graduou-se em Odontologia (1954) e em Medicina (1960), com pós-graduação em Plástica e Cosmética em Tóquio, Japão. ​ Foi o propositor das neociências Projeciologia e Conscienciologia, sistematizadas nos tratados “Projeciologia: Panorama das Experiências da Consciência Fora do Corpo Humano” (1986) e “700 Experimentos da Conscienciologia” (1994). Sensitivo, ainda na infância iniciou seus estudos sobre as habilidades parapsíquicas (percepção extrassensorial, mediunidade, paranormalidade) e tornou-se, posteriormente, membro das principais instituições internacionais e nacionais de pesquisa do parapsiquismo, a exemplo da SPR – Society for Psychical Research (Londres, Reino Unido), ASPR – American Society for Psychical Research (Nova York, EUA), Associação Brasileira de Parapsicologia (Rio de Janeiro – RJ) e CEAEC – Centro de Altos Estudos da Conscienciologia (Foz do Iguaçu – PR). ​ O pesquisador escreveu dezenas de livros e centenas de artigos relacionados à pesquisa da consciência, de caráter científico, porém sempre apontando a necessidade de um paradigma que considerasse o fenômeno consciencial (e, portanto, o parapsiquismo humano) para além da matéria ou do cérebro biológico apenas. ​ Antes disso, nas décadas de 1950 e 1960, atuou no Movimento Espírita. A psicografia (escrita mediúnica), manifesta aos 13 anos, foi aperfeiçoada e, já com 23 anos, quando conheceu o famoso médium Chico Xavier, já estava plenamente desenvolvida. Desde o início, o encontro de Vieira e Xavier sinalizava ser promissor: o primeiro livro psicografado em coautoria foi “Evolução em Dois Mundos”, publicado em 1958. No Espiritismo, Vieira psicografou dezenas de obras solo ou em parceria com Chico Xavier, além de várias outras ações assistenciais, como a fundação do centro “Comunhão Espírita Cristã”, na cidade de Uberaba (MG). ​ Em 1966, desliga-se do Movimento Espírita e passa a dedicar-se à pesquisa independente, radicando-se na cidade do Rio de Janeiro. Projetor consciente desde os nove anos, o que equivale a dizer que tinha experiências lúcidas fora do corpo desde o início da década de 1940, tornou-se a referência mundial quando o assunto é Projeciologia, o estudo técnico deste fenômeno, principalmente após a publicação, em 1981, do livro “Projeções da Consciência”, onde propõe publicamente, de maneira inédita, a especialidade. ​ Ainda na década de 80, é um dos fundadores do IIP, atual IIPC – Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia, instituição de educação e pesquisa reconhecida como de utilidade pública federal a partir de 1998 e que completou 27 anos de existência no último mês de janeiro. Em 2000, Vieira muda residência para Foz do Iguaçu e passa a morar no campus do CEAEC. A partir de então, concentrou os esforços pessoais na aglutinação de pesquisadores interessados na expansão dos trabalhos da Conscienciologia na Tríplice Fronteira, visando à instalação do bairro Cognópolis, também conhecido por Bairro do Saber ou Cidade do Conhecimento, de modo semelhante ao que havia feito em Uberaba décadas atrás com o Parque das Américas. ​ O bairro Cognópolis foi oficialmente criado através do Decreto Municipal 18.887, de 20 de maio de 2009. Em 2018, o bairro possui, quatro campus conscienciológicos com laboratórios de autopesquisa e auditórios para cursos e palestras, sete condomínios residenciais, instituições de pesquisa da Conscienciologia (várias delas fundadas pelo próprio Vieira), o Hotel Mabu Interludium Iguassu Convention, além de projetos em construção, a exemplo da Ágora Cognopolita e o Megacentro Cultural Holoteca, projeto arquitetônico assinado por Oscar Niemeyer. ​ Na sustentação destes megaempreendimentos, está o aporte humano de mais de 800 voluntários, que transferiram domicílio para Foz do Iguaçu, afora os iguaçuenses com colaboração diária. Com a vida inteira dedicada à pesquisa, docência, autorado e interassistência, nos últimos meses de vida dedicava-se às minitertúlias conscienciológicas, que aconteciam diariamente no Tertuliarium, no campus do CEAEC, e ao terceiro volume de sua obra “Léxico de Ortopensatas”, que deixou no prelo. Conforme sempre fazia questão de enfatizar, todas as atividades intelectuais que desenvolvia eram inteiramente orientadas pelo Princípio da Descrença, que enuncia que “não se deve acreditar em nada”, pois o mais importante para cada indivíduo é usar o senso crítico, o raciocínio e aprender com as próprias experiências. Waldo Vieira veio a óbito no dia 02 de julho de 2015, em Foz do Iguaçu (PR) depois de sofrer um AVC. ​ Síntese das ponto ações de Waldo Vieira: ​ 23 Livros Conscienciológicos, sendo 7 tratados. 89 Artigos nas Revistas Científicas. 2.220 Verbetes da Enciclopédia da Conscienciologia. 19 Livros Psicografados no Espiritismo, sendo 13 solo ou em parceria com o médium Chico Xavier e 6 obras atribuídas ao espírito André Luiz. 14.100 Temos do Dicionário de Neologismos da Conscienciologia, termos neológicos e orismológicos. 101 Cursos Idealizados. 2.191 Tertúlias Conscienciológicas realizadas. 822 Minitertúlias no Tertuliarium no período de março de 2013 a junho de 2015 (atividade diária – número aproximado). 116 Círculos Mentaissomáticos realizados. ​ Ref. https://www.icge.org.br/?page_id=3940 Ref. https://www.icge.org.br/?page_id=6820 Ref. Vieira, Waldo (org). 500 Verbetógrafos da Enciclopédia da Conscienciologia. Foz do Iguaçu, PR: Editares, 2016, p. 25-74. ​ Zéfiro Desde a Antiguidade A consciência Zéfiro é o epíteto que identifica, nas dimensões extrafísicas desde a Antiguidade, a paraidentidade intermissiva de Waldo Vieira (1932-2015). ​ Detalhes acerca da trajetória evolutiva de Zéfiro, considerando retrovidas (vidas pretéritas) e períodos intermissivos (entre vidas), podem ser obtidos no livro "Zéfiro: a paraidentidade intermissiva de Waldo Vieira" (Teles, 2014). De acordo com registros de Minitertúlias Conscienciológicas realizadas no Tertuliarium do CEAEC, "A equipex do Zéfiro atuava dando inspiração e segurando a barra no caso do Pasteur: segurança de melhoria do holopensene de onde ele pensava mais, onde a pessoa desenvolvia os melhores pensamentos dela. É o que eles fazem com o Waldo hoje. A melhor coisa que os amparadores podem fazer é melhorar o holopensene de quando a pessoa está fazendo um bom pensamento, isso é o resumo da assistência. Este era o trabalho básico do Zéfiro: dando inspiração e segurando a barra, para não haver excesso, as besteiras da pessoa (ex. pensatas erradas, excessivas, bobeiras, aquelas que mais tarde pode se arrepender). Porque, às vezes, a pessoa pode se entusiasmar com a ideia e aparecer no manuscrito distorcida. O processo dele (Pasteur) não foi só de holopensene, mas também para sossegar o temperamento, ver o neurovegetativo. Ele (Pasteur) levou isso (germes) a sério e conseguiu comprovar. Os castelos não tinham banheiro, era sujeira demais. Muita gente não queria saber disso, pois dá trabalho demais limpar tudo. Ele (Pasteur) começou a raciocinar nisso com clareza, bem claro. Quando se está mexendo com uma coisa nova, se quer saber de tudo" (anotações de Minitertúlia Conscienciológica em 25/09/2013). ​ Nesta mesma Minitertúlia de 25/09/2013, ao ser questionado sobre a holobiografia de Pasteur, Waldo Vieira responde: “Ele é ligado aos nossos processos, é ligado ao Transmentor, é de casa. Tudo é da mesma equipe, ele (Pasteur) e o Littré. É preciso saber onde estão estes foragidos. Semmelweis morreu louco no hospício, porque possivelmente os germes entraram na cabeça dele. É um monte de gente deste jeito. Ampliação da longevidade na Terra, isso está na ficha dele (Pasteur). Naquela época tudo era uma favela, um lixão”. ​ Ref. Teles, Mabel. Zéfiro: a Paraidentidade Intermissiva de Waldo Vieira. Foz do Iguaçu, PR: Editares, 2014. Mais informações: https://www.shopcons.com.br/produto/zefiro-a-paraidentidade-intermissiva-de-waldo-vieira-5874 Mais informações: https://editares.org.br/livro/zefiro-a-paraidentidade-intermissiva-de-waldo-vieira/ ​ Sandro Botticelli, O Nascimento de Vênus (1485). Recorte da parte superior esquerda do quadro, com a representação de Zéfiro (vento oeste). Transmentor De acordo com Teles (2014, p. 154-155), Transmentor "é o evoluciólogo mais atuante no grupo dos intermissivistas da Conscienciologia. É holobiógrafo e especialista em Paragenética, conhecendo profundamente a retrogenética de cada integrante do grupo que orienta. ​ Apresenta mentalidade enciclopédica, multicultural e universalista. Costuma apresentar-se extrafisicamente com paravisual de homem, tipo inglês, dolicocéfalo, de pele clara e cabelos castanhos, quase louro. Usa roupas ocidentais, estilo casual. É sério, austero, com grande força presencial e capacidade de aglutinação interconsciencial, estado geral- mente acompanhado por chusma de consciexes. ​ Na atual existência, apresentou-se a Vieira ainda na infância, em Monte Carmelo, tendo sido trazido pela Serenona Monja. Desde então, tem assistido o pesquisador em distintas conjunturas de vida, sempre visando a maxiproéxis grupal. Quando o pesquisador decidiu mudar residência para Foz do Iguaçu, o Transmentor se prontificou em estar mais presente nos arre dores extrafísicos da Cognópolis, de modo a auxiliar o encaminhamen to do grupo de intermissivistas. ​ Na juventude de Vieira, em Uberaba, auxiliou o então rapaz a posicionar-se perante os colegas de colégio contra os idiotismos culturais e as automimeses dispensáveis da juventude, através da seguinte inspiração extrafísica: isso não é para você. A partir deste dia, Vieira passa a adotar enquanto princípio evolutivo o bordão isso não é para mim, principalmente nos momentos de decisões críticas de destino, onde se faz necessário aplicar a omissão superavitária. ​ No passado, o Transmentor conviveu com Zéfiro ressomado em várias retrovidas, tendo sido inclusive integrante da mesma família nuclear, na posição de irmão. Vieira o considera seu melhor amigo (Amizade Raríssima)". ​ Em registro de Minitertúlia Conscienciológica no dia 25/09/2013, ao ser questionado sobre a holobiografia de Louis Pasteur, Waldo Vieira responde: ​ “Ele é ligado aos nossos processos, é ligado ao Transmentor, é de casa. Tudo é da mesma equipe, ele (Pasteur) e o Littré. É preciso saber onde estão estes foragidos. Semmelweis morreu louco no hospício, porque possivelmente os germes entraram na cabeça dele. É um monte de gente deste jeito. Ampliação da longevidade na Terra, isso está na ficha dele (Pasteur). Naquela época tudo era uma favela, um lixão”. ​ Ref. Teles, Mabel. Zéfiro: a paraidentidade intermissiva de Waldo Vieira. Foz do Iguaçu. PR: Editares, 2014. Mais informações: https://www.icge.org.br/?page_id=1677 ​ Everton Souza dos Santos 1961- Everton Santos nasceu em Porto Alegre, RS, Brasil. Atualmente está radicado na Cognópolis Foz do Iguaçu, PR. Graduado em Arquitetura e Urbanismo. Especialização em Projeto de Arquitetura Habitacional, Expressão Gráfica, Gestão de Recursos Humanos e Dinâmica de Grupos. Arquiteto, Urbanista e Professor Universitário. ​ Acessou a Conscienciologia em 1991, em Porto Alegre, RS, por meio de Palestra Pública do Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia (IIPC). Voluntário da Conscienciologia desde 1994, nas Instituições Conscienciocêntricas: IIPC, de 1994 a 1996; Centro de Altos Estudos da Conscienciologia (CEAEC) desde 1996. Docente de Conscienciologia desde 2000; tenepessista desde 1996; epicon desde 2011; assumiu a Desperticidade na 2ª turma do PROAD. ​ Coautor do livro Manual de Verbetografia da Enciclopédia da Conscienciologia (2012). ​ Títulos de artigos conscienciológicos: Criatividade Evolutiva; Inversão Mesológica. ​ Verbetes da Enciclopédia da Conscienciologia: Criatividade Evolutiva; Edificação Conscienciocêntrica; Assertividade Cosmoética. ​ De acordo com registros de Minitertúlias Conscienciológicas realizadas no Tertuliarium do CEAEC, "A equipex do Zéfiro variou de acordo com o período e o objetivo da assistência que era feita. As modalidades de assistência variam de elemento para elemento. Às vezes vai ter equipex com 10 que atuam na mesma linha de assistencialidade, mas nem sempre é assim. A temporada que teve mais gente foi da época do Everton” (anotações de Minitertúlia Conscienciológica em 16/10/2014). ​ Ainda de acordo com registros da fala de Waldo Vieira em Minitertúlia, “Everton auxiliou a personalidade de Littré e Pasteur. O ponto principal de ajuda é no paracérebro, o processo de interlocução, de comunicação, de transmissão do pensamento” (anotações de Minitertúlia Conscienciológica em 24/09/2013). ​ Ref. https://www.conselhodeepicons.org.br/?page_id=556 Ref. Vieira, Waldo (org). 500 Verbetógrafos da Enciclopédia da Conscienciologia. Foz do Iguaçu, PR: Editares, 2016, p. 221. ​ Francisco Cândido Xavier (Chico Xavier) 1910-2002 Médium brasileiro nascido em Pedro Leopoldo / MG no dia 02 de abril de 1910. ​ Chico Xavier era filho do operário João Cândido Xavier e da lavadeira Maria João de Deus, que morreu quando ele tinha apenas cinco anos. Chico e seus oito irmãos tiveram que ser distribuídos por vários familiares e amigos. Quando estava com nove anos, seu pai casou-se novamente, com dona Cidália, que fez questão de reunir todos os filhos do primeiro casamento do esposo e ainda lhe deu mais cinco filhos. Chico frequentava a escola primária pública pela manhã e depois trabalhava numa indústria de fiação e tecelagem, mal tendo aprendido a ler e a escrever. Depois foi empregado como caixeiro numa loja e, mais tarde, como ajudante de cozinha. Em 1933 o dr. Rômulo Joviano, administrador da Fazenda Modelo do Ministério da Agricultura em Pedro Leopoldo, ofereceu a Chico um emprego modesto. A carreira de funcionário público foi até a década de 1950, quando Chico Xavier se aposentou por invalidez, na função de escrevente datilógrafo, devido a uma doença nos olhos. Mudou-se então para Uberaba, a conselho médico, onde permaneceu até a sua morte. A mediunidade de Chico Xavier manifestou-se aos quatro anos de idade, pela clarividência e clariaudiência. Incompreendido pelo pai, ao se queixar das vozes que o atormentavam, foi repreendido e levado aos cuidados de um padre. Aos 17 anos, no grupo espírita Luiz Gonzaga, desenvolveu a psicografia. Foi nessa época que se desligou da Igreja Católica (onde não encontrava explicação para os fenômenos que se manifestavam nele) e procurou seguir os preceitos do espiritismo. Psicografou poemas de famosos escritores falecidos: Artur Azevedo, Olavo Bilac, Castro Alves, António Nobre, João de Deus e outros. A nove de julho de 1932, publicou "Parnaso De Além-Túmulo", uma coletânea de 259 poesias, ditadas por 56 poetas mortos. Durante a vida, Chico recebeu mais de mil entidades espirituais, entre eles Emmanuel, que foi o seu protetor espiritual e manifestou-se pela primeira vez em 1931, acompanhado-o desde então. Entre as muitas dezenas de obras mediúnicas de Emmanuel, destacam-se "Há 2 mil Anos", "50 Anos Depois", "Ave, Cristo", "Renúncia" e "Paulo e Estevão". Em 1943, uma nova entidade espiritual assinaria algumas de suas mensagens, com o nome André Luiz. Esses relatos começam com o livro "Nosso Lar". Chico Xavier se considerava humildemente apenas uma ponte entre o mundo material e o espiritual. Todos os seus direitos autorais foram cedidos a instituições espíritas e de solidariedade social. ​ O médium atendeu, no seu centro em Uberaba, multidões de pessoas que chegavam de todas as partes do Brasil e do exterior para ouvir conselhos, receber tratamentos e conforto espiritual. Em 1981, foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz. Morreu em 2002 aos 92 anos. ​ Especificamente no livro "Libertação" psicografado por Chico Xavier, pelo espírito André Luiz, pode-se ler: ​ "Pasteur, o cientista, defende a saúde do corpo humano, devotando-se, abnegado, ao combate silencioso contra a selva microbiana: todavia, não pode evitar que seus contemporâneos se destruam reciprocamente em disputas incompreensíveis e cruéis" ( Xavier, 2010, p. 15-16). ​ Ref. https://educacao.uol.com.br/biografias/chico-xavier.htm Ref. Xavier, Francisco Cândido. Libertação. Rio de Janeiro, RJ: Federação Espírita Brasileira, 2010, p. 15-16. Ref. Campetti Sobrinho, Geraldo. A Vida no Mundo Espiritual: estudo da obra de André Luiz. Brasília, DF: FEB, 2018, p. 18, 181, 478. Mais informações: Hirsch, Daniela. 12 Grandes Médiuns Brasileiros: conheça a história de personalidades que viveram com a missão de fazer o bem e de divulgar a doutrina espírita. Rio de Janeiro, RJ: HarperCollins Brasil, 2016, p. 69-85. ​ André Luiz André Luiz é o nome atribuído por Francisco Cândido Xavier à consciência extrafísica que ditou diversos textos psicografados. Segundo Chico Xavier, André Luiz se apresentou informando que escreveriam alguns livros juntos. ​ "Desde o início, o encontro de Vieira e Xavier sinalizava ser promissor, principalmente quando descobriram que ambos recebiam mensagens de espírito em comum: a consciex Carlos Chagas, acostumada a assinar os textos psicografados com o nome André Luiz" ( Teles, 2014, p. 76). ​ Na obra "Libertação", ditada por André Luiz e psicografada por Francisco Cândido Xavier, há menção à Pasteur: "Pasteur, o cientista, defende a saúde do corpo humano, devotando-se, abnegado, ao combate silencioso contra a selva microbiana: todavia, não pode evitar que seus contemporâneos se destruam reciprocamente em disputas incompreensíveis e cruéis" (Xavier, 2010, p. 15-16). ​ Ref. Teles, Mabel. Zéfiro: a paraidentidade intermissiva de Waldo Vieira. Foz do Iguaçu. PR: Editares, 2014. Ref. Xavier, Francisco Cândido. Libertação. Rio de Janeiro, RJ: Federação Espírita Brasileira, 2010. Mais informações: https://super.abril.com.br/historia/quem-foi-o-espirito-andre-luiz/ ​ Análise dos Grupos

  • Personalidades | Pasteur Brasil

    Grupos de Personalidades Família, amigos, cientistas, industriais, colaboradores, membros de Academias, políticos... ​ Pasteur se relacionou com muitas personalidades ao longo da vida, as quais foram organizadas em 25 grupos. ​ Para melhor compreensão da notação utilizada nesta pesquisa, acesse anteriormente a Legenda do Grupocarmograma . ​ A seguir, confira os grupos de personalidades, seguidos da Análise dos Grupos e da Enumerologia (ordem alfabética por sobrenome). ​ Ao acessar cada grupo, será possível consultar as microbiografias das principais personalidades. ​ Família Nuclear Pai, mãe e irmãos Amigos de Infância e Adolescência Arte Pinturas de Pasteur e artistas Primeiros Beneméritos Professores, preceptores e apoiadores Leituras Iniciais Primeiras Influências Científicas Contemporâneos e antecessores Família Laurent Sogros, esposa, cunhados, sobrinhos Família Louis Pasteur Academia de Ciências Cristalografia Fermentação Geração Espontânea x Teoria dos Germes Doenças do Bicho-da-Seda Doenças Infectocontagiosas Início da Vacinação Vacinação: Raiva Pasteurianos Academia de Medicina Academia Francesa Políticos Instituto Pasteur Jubileu: 70 Anos Saúde e Morte Parapsiquismo Equipe Extrafísica Análise dos Grupos Enumerologia

  • Casamento | Pasteur Brasil

    Casamento e filhos Pasteur escreve ao amigo Chappuis dizendo que quando viu Marie pela primeira vez, sentiu que havia encontrado a sua companheira de vida. “Creio que serei muito feliz com ela. Tem todas as qualidades que eu poderia desejar em uma mulher” (Báez, 1995, p. 463). O casamento ocorre em 1849 na Igreja de Santa Madalena. O casal residirá alguns anos em Estrasburgo, na Rue des Veaux. Marie devota-se ao marido e cria, em torno dele, uma vida familiar tranquila, removendo as preocupações materiais. Desde os primeiros dias, a esposa não somente admitiu, mas aprovou que o laboratório vinha acima de tudo. Madame Pasteur era discreta, comedida, circunspecta e autoritária. Caracterizada como uma mulher de ordem e dever, porém alegre e sólida (Perrot & Schwartz, 2017). À noite, escrevia sob o ditado do cientista e lhe provocava explicações, pois se interessava realmente pelas facetas hemiédricas e demais pesquisas em andamento, às quais colaborou. O casal teve 5 filhos, dos quais somente 2 sobreviveram até a idade adulta: Jean-Baptiste e Marie-Louise. A primogênita, Jeanne, falece aos 9 anos de febre tifoide. Jean-Baptiste (1851-1908) é o segundo filho, cujo nome foi escolhido em homenagem ao amigo cientista Jean-Baptiste Biot, o qual também foi seu padrinho. Aos 18 anos, este filho contrai febre tifoide, mas sobrevive. Torna-se diplomata em Roma, Copenhague, Madrid e Atenas. Cécile falece aos 12 anos, também de febre tifoide, doença infecciosa que levou a morte de incontáveis pessoas no curso da história. Marie-Louise (1858-1934), apelidada Zizi, recebe o nome da junção dos pais. Será grande companheira e colaborará, assim como a mãe, em futuros experimentos e atividades de laboratório de Pasteur. Camille, a última filha, não sobrevive a um tumor de fígado, aos 2 anos de idade. O falecimento de três filhos, em plena infância, abalou Pasteur. Ao longo dos anos, observa-se o quanto o cientista irá se dedicar à identificação dos agentes patogênicos e ao combate às doenças infectocontagiosas. ​ Referências: BÁEZ, Manuel Martínez. Vida y Obra de Pasteur. 2ª ed. México, DF: 1995. DEBRÉ, Patrice. Pasteur. São Paulo, SP: Scritta, 1995. DUBOS, René. Pasteur e a Ciência Moderna. São Paulo, SP: Edart, 1967. ​ GAROZZO, Filippo. Louis Pasteur. Rio de Janeiro, RJ: Três, 1974. PASTEUR VALLERY-RADOT, Louis. Images de la Vie et de l´ Œ uvre de Pasteur. Paris, França: Flammarion, 1956. ​ PERROT, Annick; SCHWARTZ, Maxime. Louis Pasteur le Visionnaire. Paris, França: Éditions de la Martinière, 2017. ​ Webgrafia: https://phototheque.pasteur.fr/ Retrato de Marie Pasteur exposto na Maison Pasteur na cidade de Arbois, França. Sinalização em frente à Igreja Santa Madalena, na cidade de Estrasburgo, onde ocorreu o casamento do casal Pasteur em 29/05/1849. Placa sinalizadora da Rue des Veaux, em Estrasburgo, onde o casal residiu naquela cidade. Fachada da moradia do casal, composto por conjunto de apartamentos. Sinalização na fachada residencial. Três dos filhos de Pasteur, em fotografia do ano de 1862. Da esquerda para a direita: Jean-Baptiste, Cécile e Marie-Louise. Cécile Pasteur, em algum ano antes de sua morte, aos 12 anos, devido à febre tifoide. Madame Pasteur e Camille em 1864. A criança faleceu aos 2 anos de idade, devido a um tumor no fígado. Marie-Louise Pasteur, na época do seu casamento com René Vallery-Radot, em 1879. Jean-Baptiste Pasteur, filho do casal, em uniforme militar. Engajou-se voluntariamente em 1870 na guerra Franco-Alemã. Continue lendo a biografia

  • Estrasburgo | Pasteur Brasil

    Estrasburgo Em 1846 Pasteur obteve a agrégation em Física. Em 1847 defendeu suas teses em Química e Física na Faculdade de Paris e, em 1848, realiza sua primeira comunicação na Academia de Ciências. ​ A pós o doutoramento em Física e Química, Pasteur é nomeado professor secundário de física no Liceu de Dijon, onde atua por pouco tempo. Com a ajuda de Jérôme Balard e Jean-Baptiste Biot, consegue um cargo de professor de química na Faculdade de Estrasburgo. Chega à cidade alsaciana em 22/01/1849, e instala-se na casa do grande amigo Pierre-Augustin Bertin, que exalta as qualidades desta capital universitária e comercial, com numerosas indústrias. Prontamente, Louis Pasteur envia uma carta ao industrial Charles Kestner (1803-1870), para solicitar a gentileza de ceder alguns quilos de ácido racêmico para continuar suas pesquisas sobre a cristalografia. Este industrial fornecerá apoio fundamental para o aprofundamento das pesquisas de Pasteur. No 4º dia em Estrasburgo, o amigo Bertin o apresenta ao reitor da Universidade, Aristide Laurent (1795-1862). Pasteur não era um jovem professor desconhecido, pois seus estudos cristalográficos já haviam lhe rendido reconhecimentos por parte da Academia de Ciências e apoio dos respeitados químicos Biot, Dumas e Balard. Nos domingos à tarde, Laurent realizava reuniões familiares em casa, recebendo professores universitários. Ao visitar a sua residência, Pasteur se sente imediatamente cativado por uma das filhas do reitor, Marie Anne Laurent (1826-1910). A jovem, criada em ambiente intelectual, era educada e séria, com inflexão vocal doce e macia. Ela lhe contou sobre as origens desta que era uma das mais velhas cidades da Europa, mesmo antes da fundação romana. Marie tocou Chopin ao piano e ambos interagiam de modo fluido. No dia seguinte, em uma decisão relâmpago, Pasteur escreve ao pai dizendo-se apaixonado e que faria uma carta respeitosa ao Sr. Laurent com um pedido de casamento à filha do reitor. Pasteur havia completado 26 anos. Após o retorno do pai, despachou a carta ao Sr. Laurent e aguardou ansiosamente pela resposta. Neste ínterim, escreveu às irmãs: “Temo que Marie dê muita importância às primeiras impressões (...) Nada tenho que possa agradar a uma jovem. Mas minhas lembranças me dizem, todavia, que quando as pessoas me conhecem bem, passam a gostar de mim” (Garozzo, 1974, p. 74). ​ Referências: DEBRÉ, Patrice. Pasteur. São Paulo, SP: Scritta, 1995. DUBOS, René. Pasteur e a Ciência Moderna. São Paulo, SP: Edart, 1967. ​ GAROZZO, Filippo. Louis Pasteur. Rio de Janeiro, RJ: Três, 1974. PASTEUR VALLERY-RADOT, Louis. Images de la Vie et de l´ Œ uvre de Pasteur. Paris, França: Flammarion, 1956. PICHOT, André. Louis Pasteur: écrits scientifiques et médicaux. Paris, França: Flammarion, 2012. RICHET, Charles. L´Œuvre de Pasteur. Paris, França: Félix Alcan, 1923. ​ Webgrafia: https://phototheque.pasteur.fr/ Pasteur em 1852 em Estrasburgo. Pasteur defende duas teses em 1847. A tese de Química trata sobre a capacidade de saturação do ácido arsenioso; a de Física sobre a capacidade das soluções de desviar o plano de polarização de uma onda luminosa que os atravessa (poder rotatório). Teses de Física e Química. Primeiros trabalhos de envergadura de Pasteur expostos na Academia de Ciências. Graças aos experimentos sobre o poder rotatório das soluções e sobre os cristais, Louis Pasteur mostra que os mesmos átomos podem se organizar espacialmente de diversas maneiras, formando assim substâncias de propriedades distintas. "Pesquisa sobre as propriedades específicas de dois ácidos que compõem o ácido racêmico por ML Pasteur." Annals of Chemistry and Physics, 3rd series. (Janeiro de 1850). Charles Kestner, industrial alsaciano que produziu acidentalmente o ácido tartárico. Esta segunda forma de ácido tartárico foi descoberta em 1819 no vinho por esse industrial da Alsácia. Gay-Lussac visitou a sua fábrica em 1826 e recolheu amostra e depois deu o nome de ácido racêmico. Universidade de Estrasburgo. Marie Pasteur, nascida Laurent (1826-1910), por volta de 1854. Desenhado por sua prima Adèle Laurent. Exibido no museu Pasteur, quarto de Madame Pasteur. Continue lendo a biografia

  • Políticos | Pasteur Brasil

    Voltar para os Grupos Políticos Charles-Louis-Napoléon Bonaparte (Napoléon III) 1808-1873 Napoleão III, também chamado (até 1852) Louis-Napoléon, nome completo Charles-Louis-Napoléon Bonaparte, nascido Paris e falecido em Chislehurst, Kent, Inglaterra, sobrinho de Napoleão I, foi presidente da Segunda República da França (1850 a 1852) e imperador dos franceses (1852 a 1870). ​ Devido à extensão da biografia de Napoleão III, sugere-se consultar os links referentes a "mais informações". Em ano seguinte à sua eleição para a Academia de Ciências, Pasteur é apresentado a Napoleão III, por Jean-Baptiste Dumas, segundo o costume da época ao ingressar na Academia. Naquele mesmo ano, Ildefonse Favé, oficial da ordem de Napoleão III, sugere que o imperador proponha a Pasteur um estudo sobre as doenças do vinho. Pasteur aceita o pedido, mas recusa qualquer ajuda financeira (Debré, 1995, p. 245-246, 254). Dois anos depois, Napoleão III disse ter muito interesse em se manter informado do andamento das pesquisas e o convida para passar uma semana no castelo de Compiègne (Debré, 1995, p. 246). É realizada uma demonstração aos imperadores ao microscópio, com amostras de vinho (Debré, 1995, p. 251). ​ Em 1863, Pasteur escreve a Napoleão III dizendo que “é chegado o tempo de libertar as ciências experimentais das misérias que as entravam” (Debré, 1995, p. 166). No dia seguinte, o imperador pede a Victor Duruy, Ministro da Instrução Pública, que empreenda a construção de um novo laboratório na Rua Ulm. ​ Contudo surgem obstáculos para a continuidade da obra, pois os créditos suplementares que a construção exige são recusados pela administração. Encontra-se dinheiro para levantar a Ópera Garnier, mas não para a pesquisa científica. Pasteur fica indignado e, em 1868, prepara um artigo denominado “O orçamento da ciência” para o jornal Le Moniteur a fim de mobilizar a opinião pública. Em um dos trechos ele diz: “suprimam os laboratórios, e as ciências físicas se tornarão a imagem da esterilidade da morte”. Algumas semanas depois, o imperador reúne todos os membros do governo e um conjunto de cientistas, inclusive Pasteur. Napoleão III convida cada um a se exprimir. Pasteur recorda a criação da função de estagiário e fala em seguirem o exemplo da Alemanha, onde inclusive eles moram nas proximidades do seu laboratório (Debré, 1995, p. 166-168). ​ Ref. https://data.bnf.fr/fr/12462544/napoleon_3/ Mais informações: https://www.britannica.com/biography/Napoleon-III-emperor-of-France Mais informações: https://www.napoleon.org/en/young-historians/napodoc/napoleon-iii-emperor-of-the-french-1808-1873/ ​ Ildefonse Favé 1812-1894 General francês de artilharia. Ajudante de campo do imperador Napoleão III. - Membro da Academia das Ciências (eleito em 1876)​. ​ Natural de Dreux, França, foi general de artilharia, comandante da Escola Politécnica Imperial, ajudante de campo do imperador e membro da Academia das Ciências (eleito em 1876). ​ Favé passou pela Escola de Aplicação Metz e se tornou tenente de artilharia. Em 1841, ele publicou um Novo Sistema para a Defesa de Fortalezas e foi destacado para a Manufatura de Armas de Tule. Em 1845, foi vice-diretor das oficinas de precisão do depósito central de artilharia; ele publicou uma História Tática das Três Armas. Em 1846, ele publicou o primeiro volume de Estudos sobre o Passado e o Futuro da Artilharia, escrito por Louis-Napoleón durante sua detenção em Fort Ham; em 1847, ele estudou um novo modelo de rifle. Louis-Napoléon, que se tornou Presidente da República em 1848, chamou Favé que publicou seu Novo Sistema de Artilharia em 1850. Em seguida, foi enviado em uma missão de estudos à Inglaterra, Holanda e Bélgica para avaliar seus equipamentos. Artilharia (fabricação de explosivos e organização de fábricas de armas). Em seu retorno, nomeado professor de arte militar na École Polytechnique, ele se tornou o oficial ordenado de Luís Napoleão em 1852 e depois o líder de seu esquadrão. Em 1853, durante a Guerra da Crimeia, ele desenvolveu navios de guerra flutuantes a vapor para o ataque ao porto de Kronstadt, três dos quais foram usados ​​em Sebastopol em 1855. Chefe do gabinete militar de Napoleão III durante a campanha da Itália, ele depois trabalhou na artilharia de canhão rifled e criou as primeiras metralhadoras. Coronel em 1859, general de brigada em 1865, Favé foi nomeado comandante da École Polytechnique em 1865 e juntou-se ao estado-maior do imperador em 1870, onde participou na defesa de Paris. Ele mudou-se para o quadro da reserva em 1874. Em 1876, foi eleito para a Academia de Ciências. Professou arte militar na Polytechnique de 1874 a 1882. Publicou, além das obras citadas acima, entre outras: O exército francês desde a guerra, 1874-1875; Curso de Arte Militar, 1877 e 1878-1879. Em 1870, Favé, comandante da Escola, participou da defesa de Paris. ​ Em 1855, Ildefonse Favé, então oficial ordenado do imperador e professor na École Polytechnique, apoiou o trabalho de Henri Sainte-Claire Deville (1818-1881) com o imperador. Ildefonse Favé apoiará outros cientistas, que também contarão com a ajuda financeira do imperador, incluindo dois próximos a Sainte-Claire Deville, Louis Pasteur (1822-1895) e Léon Foucault (1819-1868). ​ Ildefonse Favé, oficial da ordem de Napoleão III, sugere que o imperador proponha a Pasteur um estudo sobre as doenças do vinho. Pasteur aceita o pedido, mas recusa qualquer ajuda financeira (Debré, 1995, p. 245-246, 254). ​ Ref. https://data.bnf.fr/fr/13486599/ildefonse_fave/ Mais informações: https://www.polytechnique.edu/bibliotheque/fr/1865-fave-ildefonse-dreux-1812-paris-1894 ​ Jean-Victor Duruy 1811-1894 Político e historiador francês. Agrégé d'histoire (1833). Doutor em Letras (1853). Professor de História no Lycée Henri IV em Paris. Inspetor Geral da Educação Secundária (1862). Ministro da Instrução Pública (1863-1869). Senador (1869-1870). Membro da Académie des Inscriptions et Belles-Lettres (eleito em 1873), Academy of Moral and Political Sciences (eleito em 1879), Académie française (eleito em 1884). ​ Victor Duruy, natural de Paris, França foi um acadêmico francês e funcionário público que, como ministro nacional da educação ( 1863-69), iniciou reformas extensas e controversas. ​ Ele foi professor em Reims e Paris e, como ministro da instrução pública (1863-1869) sob Napoleão III, incentivou a adoção do princípio da educação primária obrigatória gratuita. Sua obra mais conhecida é sua Histoire des Romans (7 vol., 1870-85; tr., 8 vol., 1883), mas ele também escreveu outras histórias populares, notadamente da Grécia e da França. Victor Duruy foi um interlocutor muito próximo de Pasteur, construindo uma verdadeira relação de amizade. Inclusive, a filha de Duruy, Hélène, era colega de Cécile, filha de Pasteur que faleceu ainda criança. A passagem de Duruy no Ministério da Instrução Pública ficará marcada pela atenção e ajuda concedida aos cientistas, não só a Pasteur. Ele é responsável por criar o decreto generalizando a criação de laboratórios de pesquisa nas faculdades, devido à forte influência de Pasteur. Ambos tinham a convicção de que a ciência constitui uma parte essencial do patrimônio nacional, e Duruy ajuda a vencer obstáculos administrativos para desbloquear o crédito para a finalização do laboratório de química fisiológica (Debré, 1995, p. 168-170). ​ Duruy vela pelo ingresso de Pasteur na Legião de Honra e faz com que seja atribuído um prêmio pelos seus trabalhos sobre a fermentação do vinho, por ocasião da Exposição Universal de 1867. Nesta ocasião, Pasteur divide as honras com 63 outras pessoas, dentre as quais Ferdinand de Lesseps, que recebe uma imensa ovação pelo seu projeto de um canal ligando o Mar vermelho ao Mediterrâneo. Pasteur naquela época, ainda não era conhecido (Debré, 1995, p. 170-171). ​ Ref. https://data.bnf.fr/en/12453369/victor_duruy/ Ref. https://www.encyclopedia.com/reference/encyclopedias-almanacs-transcripts-and-maps/duruy-victor Mais informações: https://www.britannica.com/biography/Victor-Duruy Mais informações: https://www.jstor.org/stable/286006?seq=1 ​ Mathilde Laetitia Wilhemine Bonaparte 1820-1904 Mathilde Bonaparte, filha de Jerônimo Bonaparte (1784–1860), rei da Westfália (irmão mais novo de Napoleão) e Catarina de Wurttemberg (1783–1835); irmã do Príncipe Napoleão (Plon-Plon) e sobrinha de Napoleão I, imperador da França. Casou-se em 1840 com o Príncipe Anatole Demidoff, Príncipe de San Donato (1813-1870). Ela passou os primeiros anos de sua infância em Roma e quase se casou com seu primo Luís Napoleão em 1836, mas o noivado foi rompido após o fracasso do golpe de Estrasburgo. Casada em 1840 com o príncipe russo Anatoli Demidoff de San Donato, ela se separou dele em 1845 e se estabeleceu em Paris. ​ Lá ela manteve um salão de renome frequentado pela elite intelectual e artística do Segundo Império. Ela organizava jantares de homens de letras às quartas-feiras, onde se podia conhecer escritores como Sainte-Beuve, Ernest Renan, Émile Littré, Guy de Maupassant, Gustave Flaubert, Théophile Gautier, Alexandre Dumas ou François Coppée. Também convidou jornalistas como Émile de Girardin, Doutor Véron, diretor do Constitutionnel, ou Villemessant, fundador do Le Figaro. Os cientistas não foram esquecidos: Louis Pasteur, Claude Bernard ou Marcelin Berthelot. ​ A princesa Mathilde foi extremamente influente durante o Segundo Império por causa de sua estreita amizade com seu primo Napoleão III. ​ Por volta de 1863, Pasteur vai ao salão da princesa Mathilde. Lá fala da necessidade de uma reforma na produção do vinho ou do vinagre e queixa-se da pouca consideração de que dispõem os laboratórios e da inércia dos poderes públicos. No fundo esta é a intenção de Pasteur ao comparecer nestas ocasiões. O resultado obtido é a criação de uma cátedra de física e química aplicadas na École de Belas Artes, onde leciona para estudantes de arquitetura, onde fala bastante de higiene e do mal emprego da ventilação (Debré, 1995, p. 152-153). ​ Ref. https://data.bnf.fr/en/12071715/mathilde_bonaparte/ Ref. https://histoire-image.org/fr/etudes/salon-princesse-mathilde Mais informações: https://www.encyclopedia.com/women/encyclopedias-almanacs-transcripts-and-maps/mathilde-1820-1904 ​ Pedro de Alcântara... de Bragança (Dom Pedro II) 1825-1891 Dom Pedro II foi o segundo e último Imperador do Brasil. Nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, no dia 02 de dezembro de 1825. Filho do Imperador Dom Pedro I e da Imperatriz Dona Maria Leopoldina, recebeu o nome de Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bebiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Bragança. Tornou-se príncipe regente aos cinco anos de idade, quando seu pai, Dom Pedro I, abdicou do trono. Aos 15 anos foi declarado maior e coroado Imperador do Brasil. Seu reinado teve início no dia 23 de julho de 1840 e terminou no dia 15 de novembro de 1889, quando foi proclamada a República. ​ D. Pedro II acompanhava com grande interesse os trabalhos de Pasteur, e desejava que o Brasil seguisse os passos do cientista. Durante os anos 1880 eles trocam algumas cartas. Pedro II preocupa-se particularmente com a febre amarela e em uma carta de 1882 escreve “espero que não se esqueça das pesquisas de micróbios da febre amarela, descobrindo-lhe uma vacina”. O imperador brasileiro desejava muito a vinda de Pasteur para o Brasil, o que não ocorreu devido à idade avançada de Pasteur e as sequelas do AVC. Em 1886, Pedro II confere a Pasteur a “Ordem da Rosa” pelo serviço prestado à humanidade ( Lima; Marchand, 2005, p. 17, 25 ) . ​ Em 1884, em carta a Dom Pedro II, Pasteur participa ao imperador do Brasil que até aquele momento ainda não havia efetuado nenhuma experiência com humanos. Verifica a possibilidade de no dia da execução da sentença de morte dos condenados (que ele pensava existir), ser oferecida a escolha de ter uma morte iminente ou a possibilidade de participar de um experimento científico que consistiria em inoculações preventivas da raiva, de modo a tornar-se refratário à doença. Disse: “No caso de ser salvo, e estou persuadido de que isso aconteceria, como garantia para a sociedade que condenou o criminoso, eu o submeteria a uma vigilância para o resto da vida” (Debré, 1995, p. 484). ​ Mais informações: https://www.encyclopedia.com/humanities/encyclopedias-almanacs-transcripts-and-maps/pedro-ii-brazil-1825-1891 Mais informações: https://www.ebiografia.com/dompedro_ii/ ​ Frederick Hamilton-Temple-Blackwood (Lord Dufferin) 1826-1902 Frederick Hamilton-Temple-Blackwood, nasceu em Florença, Itália, e faleceu perto de Belfast, Irlanda. Foi primeiro marquês de Dufferin e AVA. Ele se destacou como diplomata, especialmente como embaixador britânico em São Petersburgo e como governador-geral do Canadá, o que levou à sua nomeação como vice-rei da Índia (1884 - 1896). Após, foi embaixador britânico em Paris (1891 – 1896). Lord Dufferin, enquanto embaixador britânico em Paris, escreveu às autoridades britânicas na Índia sugerindo que fossem oferecidas instalações a Waldemar Haffkine, bacteriologista ucraniano do império da Rússia, que iniciou os seus experimentos sobre a cólera no Instituto Pasteur, para continuar seus estudos de cólera naquele local. ​ Mais informações: https://www.britannica.com/biography/Frederick-Temple-Hamilton-Temple-Blackwood-1st-Marquess-of-Dufferin-and-Ava Mais informações: https://www.encyclopedia.com/international/encyclopedias-almanacs-transcripts-and-maps/dufferin-lord ​ Gustave Rouland 1806-1878 Gustave Rouland, nascido em França, foi deputado por Dieppe, Seine-Maritime (1846), vice-presidente do Senado (1863) Ministro da Educação Pública (1856-1863), Advogado-Geral no Tribunal de Cassação, Presidente do Conselho de Estado (1863) e Governador do Banque de France (1863-1878). ​ Deputado de 1846 a 1848, senador do segundo império, ministro senador de 1876 a 1878, nascido em Yvetot (Seine-Inférieure) em 1º de fevereiro de 1806, falecido em Paris em 12 de dezembro de 1878, estudou no colégio de Rouen, seu direito a Paris, foi admitido como advogado em 1827, entrou no judiciário como juiz no tribunal des Andelys e, sucessivamente, tornou-se procurador-adjunto do rei em Louviers (1828), em Evreux (1º de junho de 1831), procurador do rei em Dieppe (1º de outubro após), procurador-geral adjunto em Rouen, procurador-geral adjunto no tribunal (17 de janeiro de 1835), advogado-geral (1 de novembro de 1838) na mesma cadeira, procurador-geral em Douai (28 de abril de 1843). Eleito em 1º de agosto de 1846, deputado do 7º colégio de Seine-Inférieure (Dieppe) por 268 votos em 490 eleitores e 517 registrados, contra 221 do senhor Levavasseur, foi majoritário, falou sobre questões legislativas, e foi nomeado, em 23 de maio de 1847, advogado-geral no Tribunal de Cassação: nesta ocasião, os seus eleitores renovaram o seu mandato legislativo por 314 votos em 441 eleitores. M. Rouland renunciou ao cargo de magistrado na revolução de fevereiro de 1848, foi reintegrado em suas funções em 10 de julho de 1849 e foi nomeado procurador-geral no tribunal de Paris em 10 de fevereiro de 1853. Ele falou, nesta qualidade, em negócios de os enredos da Opéra-comique e do Hipódromo, no dos correspondentes estrangeiros, de Pianori, etc. Com a morte de M. Fortoul, o imperador confiou-lhe a pasta de Educação Pública e Culto (13 de agosto de 1856-24 de junho de 1863): ele modificou o chamado sistema de bifurcação, inaugurou a educação profissional, fundada por M. Renan assumiu a cadeira de lingüística comparada no Collège de France (11 de janeiro de 1862) e suspendeu o curso no dia seguinte à aula de abertura (18 de janeiro) por "ataques às crenças cristãs". Como Ministro da Religião, ele tentou impedir o movimento dos bispos em favor do Papa (1860); ao Senado, onde havia sido convocado pelo Imperador em 14 de novembro de 1857, respondeu ao Arcebispo de Bordéus, em 1865, na discussão do Discurso, que a camarilha da Ency e o Syllabus eram apenas uma resposta à convenção de 25 de setembro, a vingança do partido ultramontano, cuja influência crescia a cada dia; em 1867, discursou contra o ensino gratuito, dizendo que "o professor deveria ser amigo da ordem pública, amigo do governo", e que era preciso deixar aos prefeitos o direito de escolher e nomeá-los. Na mesma discussão, em uma alusão ao Sr. Renan, o Sr. Rouland afirmou que este último, antes de sua nomeação, havia feito compromissos condicionais com o Ministro que não havia cumprido; M. Renan se opôs a esta alegação, no Journal des Débats no dia seguinte, uma negação formal. M. Rouland foi nomeado Ministro que preside o Conselho de Estado (18 de outubro de 1863 - 27 de setembro de 1864), membro do Conselho Superior da Educação Pública (7 de novembro), Governador do Banque de France (28 de setembro de 1864) ; ele foi vice-presidente do Senado desde o ano passado. Em 5 de junho de 1871, foi chamado ao cargo de Procurador-Geral do Tribunal de Contas. Mas o Sr. Ernest Picard, nomeado em seu lugar Governador do Banque de France, tendo recusado este cargo, o Sr. Rouland foi reintegrado nessas funções no dia 29 de dezembro seguinte. Conselheiro geral do cantão de Yvetot, secretário e presidente da assembleia departamental, foi eleito, em 30 de janeiro de 1876, senador de Seine-Inferior por 495 votos em 868 eleitores; sentou-se à direita bonapartista, concedeu a dissolução da Câmara solicitada pelo gabinete de 16 de maio, lutou contra os ministérios republicanos com seus votos e morreu durante a legislatura. Grã-cruz da Legião de Honra (14 de agosto de 1862). Temos dele: Discursos e acusações (1804). ​ No final de 1859, Pasteur não tinha a mínima subvenção para ins talar-se na Rua Ulm. Escreveu a Gustave Rouland, então ministro da Instrução Pública a fim de chamar a atenção para os benefícios que poderiam ser extraídos de um estudo completo sobre a doença dos vinhos, solicitando fundos necessários para a instalação e experimentos no laboratório na rua Ulm em Paris : "Acho que obedeço, senhor ministro, a uma parte de suas instruções, con sagrando todo o tempo de que disponho aos progressos da ciência." Era uma maneira indireta de pedir os fundos necessários destinados à instala ção de um rico material. Responderam-lhe que os créditos deveriam ser "inteiramente consagrados à conservação dos edifícios e não à execução dos trabalhos que a conveniência das pessoas alojadas nesse edifícios reclama". De tanto insistir, Pasteur acabou, entretanto, obtendo alguns subsídios. Mas só podia tratar-se de uma instalação provisória. Todavia, o equipamento de que Pasteur precisava na época era modes to. Suas pesquisas sobre a fermentação só exigiam uma estufa, um micros cópio, produtos químicos, recipientes de vidro. Mas, se o Ministério quises se dar algum dinheiro para a reparação da água-furtada, claro estava que era impensável assegurar os respectivos equipamentos ou o funcionamento: "Não há orçamento ad hoc que nos permita subvencionar cinqu enta cêntimos para os seus gastos com experiências." Foi, portanto, com seu próprio salá rio que Pasteur teve de equipar e manter seu laboratório. Tal instalação lhe custou cerca de dois mil francos, soma considerável para a época (Debré, 1995, p. 161, 551). ​ Ref. https://data.bnf.fr/fr/15587634/gustave_rouland/ Ref. https://www.senat.fr/senateur-3eme-republique/rouland_gustave1602r3.html ​ Marie-François-Sadi Carnot 1837-1894 Político francês. Presidente da República Francesa (1887-1894). Ex-aluno da École Polytechnique. Filho de: Carnot, Hippolyte (1801-1888). ​ Sadi Carnot, nome completo Marie-François-Sadi Carnot, natural de Limoges, França foi um engenheiro e político francês que se tornou estadista e serviu como presidente (1887-94) da Terceira República. ​ Carnot era um engenheiro que se tornou estadista que serviu como quarto presidente (1887-94) do Terceiro República até ser assassinado por um anarquista italiano. Carnot era filho de um deputado de esquerda (Hippolyte Carnot) que era um vigoroso oponente da Monarquia de Julho (depois de 1830) e neto de Lazare Carnot, o famoso “Organizador da Vitória” da Revolução Francesa. Ele se formou como engenheiro na École Polytechnique e depois na École des Ponts et Chaussées (Escola de Pontes e Rodovias). ​ Sadi Carnot comparece à cerimônia de inauguração do Instituto Pasteur (1888) e ao Jubileu de 70 anos de Pasteur (1892). ​ Carnot disse “não faltarei, vosso Instituto é uma honra para a França” (Masi, 1999, p. 111). ​ Ref. https://data.bnf.fr/en/12466621/sadi_carnot/ Ref.: https://www.britannica.com/biography/Sadi-Carnot ​ María Eugénia Ignacia Augustina de Montijo de Guzmán 1826-1920 Eugénia ou Eugénie (em francês), condessa de Teba, era natural de Granada, Espanha. Esposa de Napoleão III e imperatriz da França (1853-70), que passou a ter uma influência importante na política externa de seu marido. ​ Eugénie era filha de um nobre espanhol que lutou ao lado da França durante a Guerra Peninsular de Napoleão I na Espanha, Eugénie foi para Paris quando Luís Napoleão se tornou presidente da Segunda República em dezembro de 1848. Eles se casaram em janeiro de 1853, depois que ele se tornou imperador Napoleón III. ​ A estada de Pasteur na propriedade imperial em parte da tempo de pesquisa das doencças do bicho-da-seda, coroa, simbolicamente, um estudo empreendido pelo governo de Napoleão III, e por isso, o cientista dedica a publicação de seu trabalho à imperatriz Eugénia, escrevendo “a imperatriz dignou-se a se interessar pelas minhas primeiras observações e convidou-me a continuá-la ao me dizer que a maior grandeza da ciência está em seus esforços para estender o círculo de suas aplicações benéficas. Fiz, então, Vossa Majestade, uma promessa que procurei cumprir durante cinco anos de perseverantes pesquisas” (Debré, 1995, p. 243). ​ Ref. https://data.bnf.fr/en/13013975/eugenie/ Ref.: https://www.britannica.com/biography/Eugenie ​ Ferdinand Marie de Lesseps 1805-1894 Natural de Versailles, França, foi diplomata e administrador, presidente da Compagnie de l'isthme de Suez e membro da Academia Francesa (eleito em 1884). ​ Ferdinand de Lesseps nasceu em 19 de novembro de 1805 em uma família de diplomatas de carreira franceses. Ele seguiu a mesma profissão e, no início de sua carreira, foi enviado para a Tunísia e o Egito. No Egito, ele fez amizade com Said Pasha, filho do vice-rei. De Lesseps ficou fascinado com as culturas do Mediterrâneo e do Oriente Médio e com o crescimento do comércio da Europa Ocidental. Depois de postagens na Espanha e na Itália, em 1849 ele se aposentou após um desentendimento com o governo francês. Em 1854, seu amigo Said Pasha tornou-se o novo vice-rei do Egito. De Lesseps retornou imediatamente ao Egito, onde foi recebido calorosamente e, logo em seguida, permissão para iniciar as obras no Canal de Suez. De Lesseps inspirou-se lendo sobre Napoleão ' O esquema de De Lesseps foi apoiado por uma comissão internacional de engenheiros, mas não conseguiu obter o apoio do governo britânico, apesar de De Lesseps fazer uma série de viagens a Londres. Ele perseverou e acabou atraindo apoio financeiro do imperador francês Napoleão III e de outros. De Lesseps não era um engenheiro - sua conquista consistiu em organizar o apoio político e financeiro necessário e em fornecer o suporte técnico necessário para um projeto tão grande. A construção começou em abril de 1859 e o Canal de Suez foi inaugurado em novembro de 1869. As atitudes britânicas mudaram quando o canal foi considerado um sucesso e de Lesseps foi tratado como uma grande celebridade em sua visita subsequente à Grã-Bretanha. Em 1875, o governo egípcio vendeu suas ações no canal e o primeiro-ministro britânico, Benjamin Disraeli. ​ Em seu 74º ano, de Lesseps começou a planejar um novo canal no Panamá. Em 1879, um congresso internacional foi realizado em Paris, que escolheu o caminho para o Canal do Panamá e nomeou de Lesseps como líder do empreendimento. O trabalho começou em 1881, mas o canal revelou-se muito mais complicado de construir do que o Canal de Suez. Depois de oito anos, pouco progresso parecia ter sido feito (acabou sendo concluído em 1914). Um tribunal francês considerou De Lesseps e seu filho Charles culpados de má administração. Ambos foram multados pesadamente e condenados à prisão. No caso, de Lesseps não foi para a prisão, mas seu filho pagou pelos erros de julgamento do pai idoso com um ano de prisão. De Lesseps morreu em 7 de dezembro de 1894. ​ Na ocasião da Exposição Universal de 1867, Pasteur divide as honras com 63 outras pessoas, dentre as quais Ferdinand de Lesseps, que recebe uma imensa ovação pelo seu projeto de um canal ligando o Mar vermelho ao Mediterrâneo. Pasteur naquela época, ainda não era conhecido (Debré, 1995, p. 170-171). ​ Em 1881, Pasteur parece não duvidar da própria eleição para a Academia Francesa, quaisquer que sejam os outros candidatos. Vários nomes são citados para ocupar a vaga, a exemplo de Ferdinand de Lesseps (Debré, 1995, p. 419-420). ​ Ref.: https://data.bnf.fr/fr/12068024/ferdinand_de_lesseps/ Ref. http://www.bbc.co.uk/history/historic_figures/de_lesseps_ferdinand.shtml Mais informações: https://www.britannica.com/biography/Ferdinand-vicomte-de-Lesseps ​ Jean-Baptiste-André Dumas 1774-1862 *Ver a microbiografia de Jean-Baptiste-André Dumas no grupo Primeiras Influências Científicas. ​ Ao ingressar na Academia de Ciências, é Dumas quem apresenta Pasteur a Napoleão III. ​ Dumas consegue a subvenção à viagem de pesquisa de Pasteur 1852, que foi considerada uma missão oficial aos laboratórios alemães. Na volta, Pasteur escreve agradecendo ao amigo, pois a viagem teria sido impossível sem esse apoio financeiro. Afirma que para agradecer-lhe a confiança, vai trabalhar “tanto quanto lhe for humanamente possível” (Debré, 1995, p. 93). ​ Em 1865, a pedido de Jean-Baptiste Dumas, Pasteur vai se dedicar às pesquisas do bicho-da-seda. Dumas era Ministro da Agricultura e Comércio e precisava redigir um relatório para o Senado sobre o flagelo que dizimava a indústria sericícola na França. Dumas solicita então a cooperação de Pasteur para salvar a seda. Pasteur inicialmente hesita. Entende que o objetivo da pesquisa é nobre, mas se sente embaraçado, pois nunca havia antes tocado em um bicho-da-seda. De todo modo, escreve que teria remorsos em recusar a proposta devido a toda bondade que Dumas já havia dispensado a ele, e se dispõe a enfrentar este desafio (Debré, 1995, p. 202; Dubos, 1967a, p. 184). ​ ​ Próximo Grupo

  • Academia de Ciências | Pasteur Brasil

    Academia de Ciências Mais tarde, Pasteur dirá sobre a época que viveu em Estrasburgo como “o tempo em que floresceu o espírito da invenção”. De fato, o desabrochar de experiências cristalográficas audaciosas datam deste período, cujos resultados são comunicados por Biot à Academia de Ciências, despertando interesse pelos trabalhos de Pasteur. ​ Em 1852, Pasteur vai a Paris apresentar seus trabalhos à Academia de Ciências. Em geral, o clima é favorável, mas há também críticas, pois alguns começam a achar que o jovem cientista começa a dar muito o que falar de si próprio. ​ Louis Jaques Thénard (1777-1857), um dos membros desta Academia, é barão e o químico mais coberto de honra do momento. Descobriu a água oxigenada, fez uma classificação dos metais e foi colaborador de Gay-Lussac (1778-1850). ​ Thénard é descrito como bom-vivant e um grande comilão. Oferece um jantar em honra ao cientista alemão Eilhard Mitscherlich (1794-1863) para eminentes cientistas da Academia. Pasteur é convidado. ​ O interesse de Thénard pelo jovem Pasteur reside especialmente pelo fato de Louis se preocupar com as aplicações industriais de suas pesquisas. ​ O químico alemão Mitscherlich vai a Paris como correspondente estrangeiro na Academia de Ciências, em companhia do mineralogista Gustav Rose (1798-1873), professor na Faculdade de Berlim. Ambos quiseram se encontrar com Pasteur para ouvir de sua própria boca as circunstâncias detalhadas de suas descobertas sobre o tártaro. ​ Pasteur, Mitscherlich e Rose passam duas horas juntos discutindo as circunstâncias da observação e refletindo sobre as consequências. Durante o jantar, Mitscherlich levanta o copo e brinda o jovem cientista Louis dizendo: “Estudamos tanto e tanto esses cristais que estamos persuadidos de que se você não encontrasse, ao observá-los de novo, esse fato tão notável, nossa descoberta ficaria ignorada durante um tempo considerável” (Debré, 1995, p. 87). ​ Portas se abrirão para Pasteur. Mitscherlich conhece um produtor de ácido paratartárico na Alemanha, o industrial Friedrich Fikentscher (1799-1864), e o cientista decide viajar à Alemanha para encontrar a tal molécula, sabendo que procura a “pedra filosofal”, remetendo-se aos seus antecessores alquimistas. ​ Pasteur escreve ao pai sobre a busca que estava prestes a empreender: “Sabes muito bem que eu procuro a pedra filosofal e já leste todas as alegrias, depois todas as decepções dos alquimistas que me precederam. Eles acreditavam que estavam às vésperas de encontrá-la. Estou a ponto de achá-la. Eles morreram na busca. Espero muito que o meu zelo não falhe antes da hora final. Meu venerável mentor dá-me o exemplo, e eu acho, assim como ele, que só há uma coisa que me entretém: o trabalho” (Debré,1995, p. 89). ​ Referências: DEBRÉ, Patrice. Pasteur. São Paulo, SP: Scritta, 1995. DUBOS, René. Pasteur e a Ciência Moderna. São Paulo, SP: Edart, 1967. ​ GAROZZO, Filippo. Louis Pasteur. Rio de Janeiro, RJ: Três, 1974. PASTEUR VALLERY-RADOT, Louis. Images de la Vie et de l´ Œ uvre de Pasteur. Paris, França: Flammarion, 1956. ​ PERROT, Annick; SCHWARTZ, Maxime. Louis Pasteur le Visionnaire. Paris, França: Éditions de la Martinière, 2017. ​ Academia de Ciências. Jean-Baptiste Biot. Louis-Jacques Thénard, barão e químico. Joseph-Louis Gay-Lussac. Eilhard Mitscherlich. Gustav Rose. Alquimista aquecendo um pote com fole. Continue lendo a biografia

  • Citações | Pasteur Brasil

    Citações Excertos de escritos e declarações de Louis Pasteur, agrupados por temas. Acesse as referências utilizadas nesta compilação. Foi utilizada tradução livre de trechos extraídos de outros idiomas. Ciência e Pesquisa "O grande segredo consiste em fazer experiências que não deixem lugar à fantasia do observador. No começo das pesquisas em torno de um determinado objetivo, a força da imaginação deve dar asas ao pensamento. No momento de se tirar uma consequência e da demonstração de fatos colhidos pelas observações, a fantasia deve, pelo contrário, ser dominada pelos resultados concretos das experiências e a eles submetida" (Unger, [196-], p. 24). ​ “Na ciência, algumas pessoas têm convicções; outros têm apenas opiniões. A convicção supõe prova; as opiniões são frequentemente baseadas em hipóteses" ( Cuny, 1963, p. 172) . ​ "Acreditar que se descobriu um fato científico importante, ansiar anunciá-lo e ainda assim esperar dias, semanas ou até anos; esforçar-se para invalidar as próprias experiências; publicar as descobertas só depois de exaustivas verificações - sim, a tarefa é dura. Mas, quando se consegue a certeza, a recompensa é um dos melhores bálsamos para a alma humana" (Birch, 1993, p. 32; Cuny, 1963, p. 172 ). ​ "Sempre duvide de si mesmo, até que os fatos se apresentem de forma indubitável" (Birch, 1993, p. 7). ​ "Não apresente nada que não possa ser comprovado de forma simples e decisiva" ( Cuny, 1963, p. 172) . ​ "Vamos, revolucionemos o mundo com os nossos descobrimentos!"(Unger, [196-], p. 97). ​ "Nada é mais gratificante para um cientista do que aumentar o número de descobertas, mas o máximo é ver suas observações colocadas em prática" (Birch, 1993, p. 33). ​ "Para quem dedica sua vida à ciência, nada pode dar-lhe mais felicidade do que aumentar o número de suas descobertas, mas sua alegria transborda quando os resultados de seus estudos encontram imediatamente aplicações práticas" (Dubos, 1967a, p. 76). ​ "Não há ciência pura e ciência aplicada - há apenas ciência, e as aplicações da ciência" (Dubos, 1967b, p. 51). ​ "Não existe uma categoria de ciências que possa ser chamada de ciências aplicadas. Existe a ciência e as aplicações da ciência, ligadas entre si como o fruto à árvore que o gerou" (Cuny, 1963, p. 173 ). ​ "Sem teoria, a prática nada mais é do que rotina nascida do hábito. Somente a teoria pode trazer o avanço e o desenvolvimento do espírito de invenção" (Dubos, 1967a, p. 22). ​ "Quando medito sobre uma doença nunca penso encontrar um remédio para ela, porém, em vez disso procuro meios de preveni-la" (Dubos, 1967b, p. 106). ​ "A cultura das ciências em sua expressão mais elevada talvez seja ainda mais necessária para o estado moral de uma nação do que sua prosperidade material" ( Cuny, 1963, p. 174) . ​ "O papel dos infinitamente pequenos na Natureza é infinitamente grande" (Dubos, 1967b, p. 57). ​ "As concepções mais elevadas, as especulações mais legítimas, ganham corpo e alma apenas no dia em que são consagradas pela observação e pela experiência. Acabem com o trabalho, as ciências físicas se tornarão a imagem da esterilidade e da morte. Não serão mais do que ciências da educação, limitadas e impotentes, e não ciências do progresso e do futuro" ( Cuny, 1963, p. 175) . ​ "O verdadeiro sábio tem um só dever e uma única tarefa: procurar aquilo que existe" (Unger, [196-], p. 66). ​ Vida "A vida não tem valor, quando não se pode ser útil a outrem" (Unger, [196-], p. 12). ​ "Há na vida de todo homem, na carreira das ciências experimentais, uma idade em que o emprego do tempo é inestimável: a idade rápida em que floresce o espírito de invenção, na qual cada ano deve ser marcado por um progresso" (Debré, 1995, p. 162). ​ "Gostaria de ser mais jovem para me dedicar com novo ardor ao estudo de novas doenças" ( Cuny, 1963, p. 171) . ​ "Se eu tivesse outra vida para viver, tentaria sempre me lembrar do admirável preceito de Bossuet: 'A pior atitude que podemos tomar é acreditar que as coisas são como são porque queremos que elas assim sejam´" (Birch, 1993, p. 36; Cuny, 1963, p. 171). ​ "O único consolo, quando começamos a sentir que as nossas próprias forças se esvaem, é dizer a nós mesmos que podemos ajudar quem nos segue a fazer mais e melhor do que nós, caminhando com os olhos fixos nos grandes horizontes que só podemos vislumbrar" ( Cuny, 1963, p. 172) . ​ Personalidade "Deixe-me contar-lhe o segredo que me fez chegar a meu objetivo. Minha única força reside em minha tenacidade" (Birch, 1993, p. 6). ​ "No campo da experimentação, o acaso favorece as mentes preparadas" (Birch, 1993, p. 52). ​ "Não basta amar a verdade, é preciso defendê-la também" (Unger, [196-], p. 49). ​ "Sou o mais hesitante dos homens, o que mais teme se comprometer quando não tem provas. Mas, ao contrário, nenhuma consideração pode me impedir de defender o que penso ser a verdade quando posso contar com sólidas provas científicas" (Birch, 1993, p. 6). ​ "Querer é muito, porque do querer se segue sempre uma ação, um trabalho, a maioria das vezes coroado de êxito. Destas três coisas, vontade, trabalho e êxito é que se compõe a vida humana. A vontade abre as portas de uma carreira feliz; o trabalho tudo vence; e o êxito coroa a obra" (Unger, [196-], p. 74). ​ "Seria aos meus próprios olhos um ladrão, se passasse um dia inteiro sem trabalhar" (Unger, [196-], p. 112). ​ "Meu trabalho, minha família, minha pátria, isso é o que sempre amei" (Vallery-Radot, 1994, p. 58). ​ Residindo em Lille, Pasteur escreve ao amigo Charles Chappuis: "Tenho, finalmente, o que sempre quis, um laboratório que posso ir a qualquer hora, no andar térreo do meu aposento; e, por vezes, enquanto estou dormindo, principalmente nestes dias, o gás queima toda a noite e as operações continuam em curso (...) Trabalhemos todos, só isso é que diverte" (Debré, 1995, p. 111). ​ "É na leitura das obras dos inventores que a chama sagrada da invenção se acende e se mantém unida" (Blaringhem, 1923, p. vii). ​ "Seria muito interessante e proveitoso se dos progressos da ciência participasse também o coração" (Unger, [196-], p. 84). ​ "A grandeza dos atos humanos mede-se pela intenção de que se originam" (Unger, [196-], p. 123). ​ "Frequentemente, uma observação do homem mais inculto, mas que faz bem o que faz, é infinitamente preciosa" ( Cuny, 1963, p. 174) . ​ "O cientista que se entrega à tentação das aplicações industriais deixa assim de ser o homem da ciência pura, complica a sua vida e a ordem normal dos seus pensamentos de preocupações que paralisam nele qualquer inventividade para o futuro" ( Cuny, 1963, p. 174) . ​ "Mantenha o seu entusiasmo, mas dê a este companheiro um controle severo" (Cuny, 1963, p. 175) . ​ "Cultive o pensamento crítico. Reduzido apenas a ele, não será um despertador de ideias, nem um estimulante de grandes coisas, mas sem ele, tudo é nulo e vazio. Ele sempre tem a última palavra" (Cuny, 1963, p. 175) . ​ "Quando me aproximo de uma criança, ela me inspira dois sentimentos: o de ternura pelo presente, e o de respeito por aquilo que um dia pode se tornar"(Cuny, 1963, p. 175) . ​ Religião e Espiritualidade "Não há aqui nenhuma questão religiosa, filosófica, materialista ou espiritualista. Posso até acrescentar que o fato de eu ser um cientista não teve a menor importância. Trata-se apenas da realidade. Quando comecei as experiências, estava pronto para ser convencido que a geração espontânea existe, como estou certo agora de que aqueles que acreditam nela são cegos" (Birch, 1993, p. 37). ​ "Os gregos nos deram uma das mais belas palavras de nossa linguagem, a palavra 'entusiasmo' um deus interno. A grandeza dos atos dos homens é medida pela inspiração que lhes dá origem. Feliz é aquele que tem um deus interno" (Dubos, 1967a, p. 25; Dubos, 1967b, p. 119). ​ "A ciência é incapaz de resolver a questão da origem e do fim das coisas" (Vallery-Radot, 1994, p. 377). ​ "Além desta abóbada estrelada, o que há? Novos céus estrelados, que assim seja! E além? ... Além... é infinito". "Aquele que proclama a existência do infinito, e ninguém pode escapar disso, acumula nesta afirmação mais sobrenatural que não há em todos os milagres [religiosos], porque a noção de infinito tem esse duplo caráter de ser imposta e de ser incompreensível" (Vallery-Radot, 1994, p. 399-400). ​ "Pretender introduzir a religião na ciência é um equívoco da mente. Ainda mais falsa é a mente de quem afirma introduzir a ciência na religião, porque é obrigada a respeitar o método científico" ( Cuny, 1963, p. 173-174) . ​ "Onde estão as verdadeiras fontes da dignidade humana, da liberdade e da democracia moderna, senão na noção do infinito perante o qual todos os homens são iguais?" ( Cuny, 1963, p. 174) . ​ Pátria / Nação "A ciência não tem pátria" (Vieira, 2014, p. 885). ​ "A ciência não tem pátria, ou melhor, a pátria da ciência é o mundo inteiro" (Unger, [196-], p. 7). ​ "Estou imbuído de duas profundas impressões; a primeira, que a ciência não conhece países; a segunda, que parece contradizer a primeira, embora seja na realidade uma consequência direta dela, que a ciência é a mais alta personificação da nação. A ciência não conhece país, porque o conhecimento pertence à humanidade, e ela é a tocha que ilumina o mundo. A ciência é a mais alta personificação de uma nação porque a primeira dentre as nações será aquela que levar mais longe os trabalhos do pensamento e da inteligência. A convicção de ter alcançado a verdade é uma das maiores alegrias do homem, e a ideia de ter contribuído para a honra do nosso país torna esta alegria ainda mais profunda. Se a ciência não tem país, o homem de ciência tem. E é ao seu país que deve dedicar sua influência para que sua obra tenha impacto no mundo" (Dubos, 1967a, p. 76; Dubos, 1967b, p. 118-119). ​ "Quem sofre não é questionado sobre qual é o seu país e qual é a sua religião. Diz-se simplesmente: 'Você sofre, isso me basta: você me preocupa e eu o ajudarei" (Dubos, 1967a, p. 76-77). ​ "Estou absolutamente convencido de que a Ciência e a Paz triunfarão sobre a Ignorância e a Guerra. Que as nações finalmente se unirão, não para destruir, mas para construir, e que o futuro pertencerá àqueles que trabalharam mais para o benefício da humanidade sofredora" (Dubos, 1967a, p. 77). ​ Política "Não tenho e não quero ter nenhuma coloração política. Não quero ser nada senão um cidadão, um trabalhador dedicado ao seu país" ( Cuny, 1963, p. 171) . ​ "A ciência, em nosso século, é a alma da prosperidade das nações e a fonte viva em todo o progresso. Sem dúvida, a política, com suas discussões cansativas e diárias parecem ser a nossa guia. Aparência vã! O que nos conduz são as descobertas científicas e suas aplicações... É a ciência que representarei no Senado" ( Cuny, 1963, p. 22-23). ​ "Uma das grandes desgraças da França é que existem muitos políticos nas Assembleias. A política com suas fatigantes e cotidianas discussões parece ser nosso guia. Vã aparência! O que nos governa são algumas descobertas científicas e suas aplicações. No século atual, a ciência é a alma da prosperidade dos povos e a fonte festejada de todo o progresso" (Debré, 1995, p. 337). ​ "É a Ciência na sua pureza, sua dignidade, sua independência que representarei no Senado" (Debré, 1995, p. 336). ​ "A verdadeira democracia é aquela que permite a cada indivíduo dar o seu máximo esforço no mundo. Por que é necessário que ao lado desta fecunda democracia haja outra, estéril e perigosa, que, não sei sob que pretexto de igualdade quimérica, sonha em absorver ou aniquilar o indivíduo no Estado? Esta falsa democracia tem o gosto, atrevo-me a dizer o culto, da mediocridade ... Poderíamos definir esta democracia: a liga de todos aqueles que querem viver sem trabalhar, consumir sem produzir, chegar ao trabalho sem estar preparados para isso, para honrar sem ser digno..." ( Cuny, 1963, p. 29). ​ Pasteur, enquanto candidato ao Senado confessa não aderir a nenhum partido, e seu discurso suscita indignação tanto da direita quanto da esquerda. Para o cientista, enquanto a ciência e a política estiverem separadas, o progresso será impossível: "Se, na nossa infeliz França, há trinta ou quarenta anos, os governos e as grandes corporações do Estado não se tivessem desinteressado das instituições próprias para fazer florescer as ciências, a Alemanha teria sido vencida. Ignoram vocês que, enquanto a política nos irrita por suas divisões insensatas que fazem a alegria satânica de nossos inimigos, o vapor, a telegrafia e tantas outras maravilhas transformam as sociedades modernas?" (Debré, 1995, p. 336). ​ ​ Arte "Grandes artistas quase sempre têm grandes corações" ( Cuny, 1963, p. 171). ​ Animais " O sofrimento de um animal me impressiona o suficiente para que eu nunca quisesse matar um animal enquanto caçava (pescava). O gemido de uma cotovia ferida iria rasgar meu coração. Mas se se trata de escrutinar os mistérios da vida e adquirir uma nova verdade, a soberania da meta carrega tudo consigo (Em resposta a um protesto antiviseccionista) ( Cuny, 1963, p. 173). ​ Com cães, você nunca deve começar. É muito difícil separar-se de um cachorro que você ama. Tudo bem não começar a amar um. Nunca tenha um (Resposta a uma pergunta feita durante a pesquisa sobre raiva) ( Cuny, 1963, p. 172 ). ​ Exposições orais Após os desastres franceses na Guerra Franco-Prussiana de 1870-71, quando o governo italiano ofereceu-lhe uma cadeira de Química na Universidade de Pisa, com um alto salário: "O pensamento da França sustentou minha coragem durante as horas difíceis que foram uma parte inevitável dos prolongados esforços. Associei sua grandeza à grandeza da Ciência". "Eu me sentiria como um desertor se procurasse, fora de meu país em desgraça, uma situação material melhor do que aquela que ele pode oferecer-me (Dubos, 1967b, p. 116-117). ​ Conferência pública na Sorbonne: "Na imensidão da criação, peguei minha gota de água, cheia de um alimento rico - ou seja, para usar a linguagem científica, cheia de elementos apropriados para o desenvolvimento de pequenos seres. E espero, observo, interrogo-a, peço-lhe mais uma vez que tenha a gentileza de começar, só para me agradar, o ato primário da criação. Seria tão lindo se ela me atendesse! Mas ela é muda! Permaneceu muda por anos. Ah! Isso aconteceu porque eu a mantive longe, e ainda a mantenho, da única coisa que o homem não pode produzir. Eu a mantive protegida dos micróbios que flutuam no ar; eu a protegi da vida, da vida de um micróbio, pois um micróbio é uma vida. A teoria da geração espontânea jamais se recuperará do golpe mortal que sofreu com esta simples experiência" (Birch, 1993, p. 10). ​ Em discurso na Academia de Medicina: "Essa água, essa esponja, esse algodão com o qual vocês lavam ou cobrem uma ferida, podem depositar germes que têm o poder de se multiplicar rapidamente dentro dos tecidos... Se eu tivesse a honra de ser um cirurgião, impressionado como estou com os perigos a que o paciente está sujeito pelos micróbios presentes sobre as superfícies de todos os objetos, particularmente nos hospitais, não apenas usaria somente instrumentos perfeitamente limpos, como limparia minhas mãos com o maior cuidado e as sujeitaria a um rápido flambar... Eu usaria algodão, ataduras e esponjas previamente expostas a uma temperatura de 130 a 150º C." (Dubos, 1967b, p. 106-107). ​ Para jovens cientistas no Instituto Pasteur: "Aquele entusiasmo que vocês mostraram desde o início, meus queridos colaboradores, conservem-no, mas deixem que a checagem precisa seja sua companheira de viagem. Jamais emitam uma opinião que não possa ser provada, cultuem o espírito crítico. Ele sozinho não pode despertar ideias nem levar a mente a fazer coisas brilhantes. Mas, sem ele, tudo é precário. Invariavelmente, ele dá a última palavra" (Birch,1993, p. 63). ​ No discurso de seu jubileu: "Jovens, confiem no método científico, cujos primeiros segredos nós mal desvendamos. Não percam a coragem. Vivam no sereno ambiente dos laboratórios e das bibliotecas. No fim da vida, que vocês possam dizer: 'Fiz o que pude'." (Birch, 1993, p. 63; Dubos, 1967a, p. 52 ). "Jovens, tenham fé nos métodos eficientes e seguros dos quais ainda não conhecemos todos os segredos. E, qualquer que seja vossa carreira, não vos deixei desencorajar pela tristeza de certas horas que passam sobre as nações. Vivam na paz serena dos laboratórios e bibliotecas..." (Dubos, 1967b, p. 121). ​ Sobre os laboratórios: "Tomem interesse, eu lhes imploro, naquelas sagradas instituições que designamos sob o expressivo nome de laboratórios. Peçam que elas sejam multiplicadas e adornadas; eles são os templos da riqueza e do futuro. Lá é que a humanidade cresce, torna-se mais forte e melhor. Lá é que ela aprende a ler nos trabalhos da Natureza, símbolos do progresso e da harmonia universal, enquanto que os trabalhos do ser humano são muito frequentemente aqueles do fanatismo e da destruição" ( Dubos, 1967a, p. 71; Dubos, 1967b, p. 119-120 ). ​ Um dia, disse a seus alunos: "Vocês me trazem toda a alegria que pode sentir um homem cuja crença inabalável é a de que a ciência e a paz triunfarão sobre a ignorância e a guerra (...) que o futuro pertence àqueles que mais trabalharem para amenizar o sofrimento da humanidade" (Birch, 1993, p. 59). ​ No discurso de inauguração do Instituto Pasteur: "Duas leis contrárias parecem estar lutando entre si atualmente: a primeira, a lei do sangue e da morte, sempre imaginando novos meios de destruição e forçando as nações a se encontrarem constantemente prontas para a batalha; a outra, a lei da paz, trabalho e saúde, sempre desenvolvendo novos meios para libertar o homem dos flagelos que o assolam" ( Dubos, 1967b, p. 120 ). ​ Ao olhar pelo microscópio pela última vez em vida (micróbio da peste bubônica descoberto por Alexandre Yersin), comentou: "Ah, quanta coisa ainda há por fazer!" (Birch, 1993, p. 58). Em construção

  • Parapsiquismo | Pasteur Brasil

    Voltar para os Grupos Parapsiquismo Paul Gibier 1851-1900 Médico e cientista francês. Naturalista assistente na cadeira de patologia comparada do Museu Nacional de História Natural (em 1882). Dirigiu o Instituto Pasteur de Nova York em 1891. Interessou-se pela história comparada das religiões. ​ Paul Gibier interessou-se pela pesquisa psíquica em 1885 e encontrou um médium notável na Sra. Salmon (pseudônimo de Carrie M. Sawyer), com quem conduziu experimentos por dez anos tanto em seu laboratório em Nova York quanto em sua casa de campo. Gibier estabeleceu a realidade de alguns fenômenos surpreendentes e planejou levar a médium para a Inglaterra, França e Egito, mas seus planos foram interrompidos quando ele foi morto por um cavalo em fuga. Na noite anterior ao acidente, ele teria sonhado que cavalgou sozinho, foi jogado de seu carrinho e morreu; ele contou seu sonho à esposa e riu de seus medos. ​ No obituário da US National Library of Medicine de 14 de julho de 1900 consta, em tradução livre: “Dr. Paul Gibier, Diretor do Instituto Pasteur de Nova York em 1879, cujo falecimento em resultado de um acidente foi o recentemente anunciado no British Medical Journal, nasceu na França em 1851. Formou-se em Paris. Por suas investigações sobre o cólera na Espanha, ele recebeu uma medalha de ouro, e por seu trabalho sobre a mesma doença no sul da França e foi nomeado Cavaleiro da Legião de Honra. O governo francês o enviou para a Flórida e Havana em 1888 para estudar a febre amarela, e dois anos depois ele estabeleceu o Instituto Pasteur para a inoculação de pessoas mordidas por animais em Nova York. Dr. Gibier era um membro do New York Academy of Medicine e da Medical Association of New York, e foi o editor do Therapeutic Review. Ele estava muito interessado em fenômenos psíquicos e escreveu um livro intitulado Spiritisme: Analyze des Choses, que foi traduzido para o inglês sob o título Psychism: Analysis of Things Eristing. Ele foi um escritor volumoso. O Banner of Light diz que com a ‘transição’ do Dr. Gibler, o espiritualismo perdeu um de seus amigos mais verdadeiros. Por testamento, ele deixou 4.000 francos para o Instituto Pasteur, em Nova York”. Gibier pesquisou e escreveu sobre o tratamento da raiva e estudos sobre a cólera, como pode ser consultado no site da Biblioteca Nacional Francesa, indicado abaixo. O governo francês havia confiado a Gibier o estudo local de duas epidemias de cólera (Antilhas) e duas epidemias de febre amarela (Antilhas e Flórida). Ele era muito estimado por Pasteur, que considerava bastante a sua pessoa e suas pesquisas. Paul Gibier foi à Nova Iorque, onde fundou um Instituto Pasteur. ​ Após a publicação da sua primeira obra, denominada “Espiritismo” em 1886, os inimigos do Espiritismo acusaram-no de fraude, de ser cúmplice de prestidigitadores, que o teriam usado. ​ Paul Gibier, impulsionado pela necessidade de se defender, publicou relatórios de serviços, indícios de as faculdades de observação e também uma carta de Louis Pasteur, para cortar pela raiz as polêmicas. A carta dizia: “Caro Sr. Gibier, Conhecendo os novos métodos aplicados ao estudo das doenças contagiosas, o senhor poderá abordar as difíceis pesquisas que irá empreender. Desconfie sobretudo, de uma coisa: a precipitação no desejo de concluir. Seja um inimigo vigilante e tenaz consigo mesmo. Pense sempre que está em erro... Meus parabéns e um cordial aperto de mão. L. Pasteur” (Gibier, 2001, p. 12-13). Ref. https://data.bnf.fr/en/13002175/paul_gibier/ Ref. https://www.encyclopedia.com/science/encyclopedias-almanacs-transcripts-and-maps/gibier-paul-1851-1900 Ref. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2463115/?page=1 e https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2463115/?page=2 Mais informações: https://www.scientificamerican.com/article/death-of-dr-paul-gibier/ Mais informações: https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM190006141422408 ​ Charles Robert Richet 1850-1935 Fisiologista francês. Membro da Academia de Ciências. Professor de fisiologia na Faculdade de Medicina de Paris (1887-1925). Prêmio Nobel de Medicina em 1913. Richet era filho de Alfred Richet, um ilustre cirurgião. Enquanto frequentava o Lycée Bonaparte, ficou indeciso se se dedicava à literatura ou à ciência. Ele entrou na faculdade de medicina, mas estava entediado com anatomia e cirurgia, e escrevia poesia e drama para se divertir. Servindo como estagiário em 1873, ele foi colocado à frente de uma enfermaria feminina, onde testemunhou um experimento hipnótico. Nos dois anos seguintes, ele produziu inúmeros transes hipnóticos em seus pacientes, publicando um resumo de suas experiências em 1875. O comportamento característico dos sujeitos hipnóticos, argumentou ele, não pode ser explicado como simulação. Os fenômenos básicos de um transe hipnótico seguiram um curso tão regular quanto uma doença. Quanto mais frequentemente uma pessoa é colocada em um estado hipnótico, observou Richet, mais distintos se tornam os fenômenos hipnóticos. A experiência de Richet com o hipnotismo estimulou um interesse vitalício nas associações entre fenômenos psíquicos e fisiológicos e ajudou a persuadi-lo a abandonar a carreira de cirurgião e voltar-se para a fisiologia. Charles Richet nasceu em 26 de agosto de 1850, em Paris. Ele era filho de Alfred Richet, Professor de Cirurgia Clínica na Faculdade de Medicina de Paris, e de sua esposa Eugenie, nascida Renouard. Ele estudou em Paris, tornando-se Doutor em Medicina em 1869, Doutor em Ciências em 1878 e Professor de Fisiologia a partir de 1887 na Faculdade de Medicina de Paris. ​ Durante 24 anos (1878-1902) foi Editor da Revue Scientifique, e a partir de 1917 foi co-editor do Journal de Physiologie et de Pathologie Générale. Ele publicou artigos sobre fisiologia, química fisiológica, patologia experimental, psicologia normal e patológica e numerosas pesquisas, todas feitas no laboratório fisiológico da Faculdade de Medicina de Paris, onde tentou estudar fatos normais e patológicos juntos. ​ Em fisiologia, ele trabalhou o mecanismo de termorregulação em animais homoiotérmicos. Antes de suas pesquisas (1885-1895) sobre polipneia e tremores devido à temperatura, pouco se sabia sobre os métodos pelos quais animais privados de transpiração cutânea podem se proteger do superaquecimento e como os animais gelados podem se aquecer novamente. Em terapêutica experimental, Richet mostrou que o sangue de animais vacinados contra uma infecção protege contra essa infecção (novembro de 1888). Aplicando esse princípio à tuberculose, ele aplicou a primeira injeção soroterapêutica no homem (6 de dezembro de 1890). ​ Em 1900, Charles Richet mostrou que alimentar com leite e carne crua (zomoterapia) pode curar cães tuberculosos. Em 1901, ele estabeleceu que, ao diminuir o cloreto de sódio nos alimentos, o brometo de potássio se torna tão eficaz no tratamento da epilepsia que a dose terapêutica cai de 10 g para 2 g. ​ Em 1913, ele recebeu o Prêmio Nobel por suas pesquisas sobre anafilaxia. Ele inventou essa palavra para designar a sensibilidade desenvolvida por um organismo após ter recebido uma injeção parenteral de um coloide, substância proteica ou toxina (1902). Mais tarde, ele demonstrou os fatos de anafilaxia passiva e anafilaxia in vitro. As aplicações da anafilaxia na medicina são extremamente numerosas. Já em 1913, mais de 4000 memórias foram publicadas sobre esta questão e ela desempenha um papel importante hoje em dia na patologia. Ele mostrou que de fato a injeção parenteral de substância proteica modifica profunda e permanentemente a constituição química dos fluidos corporais. A maioria dos trabalhos fisiológicos de Charles Richet espalhados em várias revistas científicas foram publicados no Travaux du Laboratoire de la Faculté de Médecine de Paris (Alcan, Paris, 6 vols. 1890-1911) (Trabalhos do Laboratório de Fisiologia da Faculdade de Medicina de Paris). ​ Entre suas outras obras estão: Suc Gastrique chez l'Homme et chez les Animaux, 1878 (Suco gástrico no homem e nos animais); Leçons sur les Muscles et les Nerfs, 1881 (Palestras sobre os músculos e nervos); Leçons sur la Chaleur Animale, 1884 (Palestras sobre o calor animal); Essai de Psychologie Générale, 1884 (Ensaio sobre psicologia geral); Souvenirs d'un Physiologiste, 1933 (Memórias de um fisiologista). Ele também foi o editor do Dictionnaire de Physiologie, 1895-1912 (Dicionário de Fisiologia), do qual apareceram 9 volumes. Entre seus interesses estava o espiritualismo e a escrita de algumas obras dramáticas. ​ Em 1877, Charles Richet casou-se com Amélie Aubry. Tiveram cinco filhos, Georges, Jacques, Charles (que, como seu pai, foi professor na Faculdade de Medicina de Paris e foi, por sua vez, sucedido por seu filho Gabriel), Albert e Alfred, e duas filhas, Louise (Mme Lesné) e Adèle (Mme le Ber). ​ Charles Richet era filho de Alfred Richet, reconhecido cirurgião e professor da Faculté de Médecine de Paris, de quem Pasteur era colega (Debré, 1995, p. 384, 394). ​ Na época do levantamento de fundos para a construção do Instituto Pasteur, em que muitas ações foram feitas, Charles Richet também contribuiu sugerindo a organização de uma noite de gala, que ocorre em 11 de maio de 1886 (Debré, 1995, p. 515). ​ Dentre as várias obras (dentre artigos, livros e tratados) de Fisiologia, Psicologia e Metapsíquica, Charles Richet escreveu o livro “L´Oeuvre de Pasteur” (A obra de Pasteur: Aulas Ministradas na Faculdade de Medicina de Paris) em 1923, em homenagem ao centenário do nascimento de Pasteur. Também escreveu “La Gloire de Pasteur”, a qual ganhou prêmio de poesia na Academia Francesa. ​ Ref. https://data.bnf.fr/en/11921904/charles_richet/ Ref. https://www.nobelprize.org/prizes/medicine/1913/richet/biographical/ Mais informações: https://www.encyclopedia.com/people/medicine/medicine-biographies/charles-robert-richet Mais informações: https://www.britannica.com/biography/Charles-Richet Mais informações: https://www.interparadigmas.org.br/wp-content/uploads/2019/01/Interparadigmas-Chiesa-N5.pdf ​ Michel de Nostredame (Nostradamus) 1503-1563 *Ver microbiografia de Nostradamus no grupo Doenças Infectocontagiosas. Nas Profecias de Nostradamus - Centúria 25, chama a atenção a citação nominal de Pasteur (Cheetham, 1977, p. 24). ​ “Perdu trouvé, caché de si long siecle, Perdido recuperado, escondido por muitos séculos. Sera Pasteur demi Dieu honoré: Pasteur será celebrado como semideus. Ains que la lune acheve son grand siecle, E assim que a lua complete seu grande ciclo, Par autres vents sera deshonoré”. Por outros ventos será desonrado. ​ “Não bastasse citar o nome de Pasteur, também especifica a data, embora isso não seja logo evidente. A descoberta de Pasteur, de que germes poluem a atmosfera, foi das mais importantes da história de medicina e levou à teoria da esterilização de Lister. A Enciclopédia Britânica diz que Pasteur, o “semi-deus”, “era agora reconhecido como o iniciador do maior movimento da química da época”. Ele fundou o Instituto Pasteur a 14 de novembro de 1888; o ciclo da lua teve lugar de 1535 a 1889. Os ventos (rumores) que o teriam desonrado podem significar a violenta oposição aos seus métodos, entre os poderosos membros da Academia, contra as novas práticas do Instituto, tais como, vacinas contra a hidrofobia, etc.” (Cheetham, 1977, p. 24). ​ Edgard Pereira Armond 1894-1982 Militar brasileiro. Médium. ​ Aos 21 anos, ingressa na Força Pública de São Paulo, onde inicia a carreira que lhe daria o um título, pelo qual é conhecido até hoje: “Comandante”. ​ Participou de vários movimentos militares, atuando nas revoluções de 1922 e 1924 onde fez parte das tropas de ocupação nas nossas fronteiras com o Paraguai e Argentina. Em 1926 diploma-se como dentista pela Escola de Farmácia e Odontologia do Estado de São Paulo. Paralelamente, começa a estudar e trabalhar no Espiritismo. ​ Em 1939, já considerado inválido para o serviço militar após um acidente de carro, é convidado a ocupar o cargo de secretário-geral da Federação Espírita do Estado de São Paulo, após reestruturar seus trabalhos espirituais. Em 1950, após a criação da Escola de Aprendizes do Evangelho, Edgard cria também o Curso de Médiuns, visando à melhoria do intercâmbio com o mundo espiritual e a Fraternidade dos Discípulos de Jesus, como órgão de agrupamento dos trabalhadores do campo religioso. ​ Uma destas Fraternidades, chamada Fraternidade dos Irmãos Humildes, é por hipótese, o agrupamento de médicos e cientistas, orientando trabalhos de cura e pesquisa. Colaboram neste setor: Bezerra de Menezes, Louis Pasteur, André Luiz, Eurípedes Barsanulfo, e ainda, Hilarion e Ramatis, em caráter pessoal (Armond, 2000, p. 140). ​ Por hipótese, Pasteur orientou o Comandante Armond na criação dos atendimentos personalizados. A padronização do passe Pasteur foi introduzida na FEESP por iniciativa de Edgard Armond, por meio do livro “Passes e Radiações: Métodos Espíritas de Cura”, de 1950 (Valenti, 2005, p. 41). ​ Na Federação Espírita, os agrupamentos de médiuns experientes e selecionados para processos avançados, são denominados Grupos Pasteur, em homenagem ao espírito chefe da equipe que atua no plano espiritual, sendo os passes conhecidos como Pasteur 1 (P1), Pasteur 2 (P2), Pasteur 3 (P3) e Pasteur 4 (P4) (Armond, 1950, p. 138-144; Zühlke, 2002, p. 109). ​ Edgard Armond escreveu mais de 20 livros. Ref. https://feesp.com.br/edgard-pereira-armond/ ​ Martha Gallego Thomaz (Vó Martha) 1915-2014 Médium brasileira. Martha teve sua primeira experiência mediúnica aos 3 anos, em 1918, e desenvolveu uma extensa carreira na área. Autora de dois livros ditados e três psicografados, ela dirigiu trabalhos na Federação Espírita do Estado de São Paulo, desde 1956, e no Grupo Noel, casa que ajudou a fundar em 1977 e que oferece atendimento social e doutrinário a mais de 3 mil pessoas por mês. Autora de 5 obras, dentre elas “O Instituto de Confraternização Universal e as Fraternidades do Espaço”, em que explica que as “Fraternidades” são agrupamentos espirituais dedicados ao bem (Thomaz, 1994, p. 29). ​ Martha escreve sobre a ajuda de Pasteur, orientando Edgard Armond, na criação dos atendimentos padronizados, e que Pasteur trouxe consigo, para esta mesma tarefa, Santo Agostinho, ambos dedicados a harmonizar os tratamentos existentes (Thomaz, 1994, p. 46). Ref. https://www.revistaplaneta.com.br/martha-gallego-thomaz/ ​ Neide Prado Zühlke ? Médium e autora brasileira. ​ Em sua obra, "O Mestre Louis Pasteur", Zühlke (2002, p. 103-112 ) afirma que a implantação dos trabalhos espirituais aconteceu a partir de 1936, data da Fundação da Federação Espírita do estado de São Paulo (FEESP). Por volta de 1940, o cientista Pasteur agrupou-se à Fraternidade dos Irmãos Humildes. Com os cooperadores encarnados, entre eles Edgard Armond, foram fundados os Trabalhos Especializados Pasteur, para o atendimento de moléstias e curas magnéticas, de obsessão profunda, males físicos, doenças graves (câncer, Aids), tabagistas, toxicômanos, alcoolistas, pessoas com ideação / tentativa de suicídio, crianças e adolescentes, etc. ​ Próximo Grupo

  • Trabalho na ENS | Pasteur Brasil

    Trabalho na ENS Pasteur consegue uma transferência à Paris e uma promoção: em 1857 é nomeado administrador da École Normale Supérieure (ENS) e diretor de estudos científicos, a pedido do diretor da instituição, Désiré Nisard (1806-1888). Instala-se na Rua d’Ulm, localidade onde futuramente funcionará seu laboratório, berço do vindouro Instituto Pasteur. As funções administrativas daquela época demandam diplomacia, o que convém pouco ao temperamento inflexível de Pasteur, que professa um gosto, quase militar, pela ordem e hierarquia. Tomadas de posições autoritárias o privam de simpatias, o que não o preocupa. Os alunos do científico, mais chegados a Pasteur, aceitam melhor o seu caráter, mas os de literatura suportam mal a sua tutela. Em uma das situações em que procura instalar a ordem, Pasteur pronuncia um discurso no refeitório anunciando que quem for surpreendido fumando nas dependências da École, será excluído. “Mas a falta não será por ter fumado, mas por ter desrespeitado a injunção que vocês estão recebendo agora” (Debré, 1995, p. 144). Não obstante esta falta de jeito, a história da École vai guardar o seu nome. O papel de diretor de estudos científicos é certamente mais dotado do que o administrador. Pasteur intervém nos programas, e inova ao incluir a história do processo experimental, recordando os esforços individuais dos principais inventores. Duas ações administrativas importantes são a atribuição de cargos de estagiários agrégés e a criação dos Annales scientifiques de l´École Normale, em que propõe redação gratuita, o que é aceito apesar dos riscos de não receber subvenções nem do Ministério nem da École Normale. “Possam esses Annales tornar-se uma honra e uma força para um estabelecimento cuja prosperidade caminha par a par com a instrução pública do nosso país” (Debré, 1995, p. 147). Pasteur compreendeu que só formaria professores de valor se houvesse a possibilidade de eles exercerem uma função científica. Esta nova medida, ainda atual hoje em dia, liga o ensino acadêmico à prática da pesquisa, sendo L. Pasteur um pioneiro da dupla vinculação. As instalações modestas do laboratório na Rua d´Ulm foram conquistadas a duras penas. No seu retorno à École Normale, a preocupação científica de Pasteur foi poder continuar suas pesquisas sobre as fermentações. Naquela época, fazer pesquisa era feito que o professor de ensino superior consagrava o tempo que podia, com meios bastante escassos. O orçamento das faculdades só concedia mínimos recursos, destinados majoritariamente à preparação das aulas. Não sobrava quase nada para as pesquisas. Mesmo em Paris, as condições de trabalho eram tais que se faziam ironias a respeito dos laboratórios, como se fossem os túmulos dos cientistas. Claude Bernard, por exemplo, efetuava seus trabalhos num laboratório estreito, onde a umidade transudava, o que o levou a adoecer. Pasteur teve que se contentar com os últimos metros quadrados disponíveis na Rua d´Ulm: um recanto sob os escombros, inutilizado por ser julgado incômodo demais, em particular no calor do verão. Além disso, os cômodos eram invadidos por ratos e foi preciso começar por desinfectá-los. Pasteur não tinha nenhuma subvenção para instalar-se. Escreveu a Gustave Rouland, então ministro da Instrução Pública e acabou obtendo alguns subsídios. Mas, para equipar e manter o seu laboratório com estufa, microscópio, produtos químicos e recipientes de vidro, o cientista utilizou o seu próprio salário. Pasteur também não tinha o direito de ser assistido por estagiários, que eram concedidos com parcimônia draconiana. Depois de inúmeras andanças aos chefes de gabinetes do Ministério, com uma tenacidade a toda prova, acabou por obter ganho de causa. Com o primeiro estagiário, Jules Raulin, o cientista dividia um espaço bastante incômodo. A pequenez do local tornava difícil instalar uma estufa. Foi preciso colocá-la em local que só era acessível por meio de uma escada, pondo-se de joelhos. Pasteur, entretanto, passou horas neste local. “Foi deste pequeno pardieiro, de que hoje hesitaríamos fazer uma gaiola de coelhos”, testemunhará Émile Duclaux, o sucessor de Raulin, “que surgiu o movimento que revolucionou, sob todos os aspectos, a ciência da física” (Debré, 1995, p. 163). ​ Referências: DEBRÉ, Patrice. Pasteur. São Paulo, SP: Scritta, 1995. DUBOS, René J. Louis Pasteur. Barcelona, Espanha: Grijalbo, 1967a. ​ ​ Désiré Nisard (1806-1888). Claude Bernard Gustave Rouland Jules Raulin. Émile Duclaux. Continue lendo a biografia

  • Vacinação: Raiva | Pasteur Brasil

    Voltar para os Grupos Vacinação: Raiva Pierre-Victor Galtier 1846-1908 Veterinário francês. Membro da Academia Veterinária Francesa (1903-1908). ​ Galtier nasceu em 1846 em Langogne, filho de pais de baixos recursos. Em 1853, ele foi confiado às freiras que dirigiam a escola local. Ele escapou desta escola duas vezes e foi então colocado com sua avó na cidade de Langogne. A partir daquele momento, com o incentivo de professores que lhe incutiram a importância do trabalho escolar, sua atitude em relação à escola mudou. Frequentou a escola secundária em Langone e depois em Mende, Lozère, saindo após a décima série. ​ Ele leu os estudos greco-romanos em La Chapelle-Saint-Mesmin no "Petit Séminaire", a famosa escola secundária eclesiástica do bispo Félix Dupanloup, um posto avançado do Seminar d'Orléans. Ele recebeu seu diploma de bacharel com honras. ​ Ele estudou para seu mestrado e sua licença veterinária na faculdade Marvejols. Por volta dessa época, Lozère criou uma bolsa para ajudar estudantes pobres a estudar para se tornarem veterinários, que Galtier recebeu e usou para estudar na École Vétérinaire de Lyon. Ele foi o primeiro da classe por quatro anos consecutivos e se formou em 1873 como orador da turma, recebendo o "Grande Prêmio Bourgelat". ​ Galtier começou sua carreira profissional como associado de Monsieur Delorme, um veterinário em Arles, com quem se casou com a filha. Ele começou a ensinar patologia veterinária e eventualmente se tornou o Presidente de Doenças Infecciosas. Aos 33 anos, ele começou seu trabalho com a raiva. ​ Em 1876, foi nomeado Presidente de Patologia e Medicina Interna do Departamento de Ciências Veterinárias de Lyon. Em 1877, seu departamento começou a realizar estudos sobre patologia microbiana e microbiologia. Isso fez com que a escola apoiasse a ideia de doenças contagiosas como a tuberculose, o resfriado comum e a raiva, em oposição à Escola de Alfort que sustentava a ideia de geração espontânea. ​ Em 1878 foi nomeado professor de patologia de doenças infecciosas, saúde animal, comércio e direito médico. No mesmo ano, o Sr. Bouley, Inspetor Geral das escolas veterinárias, cria um novo departamento que separaria o ensino de patologia geral do de doenças transmissíveis. Pierre Victor Galtier foi nomeado chefe do departamento e ocupou o cargo por 30 anos. ​ Em 1879, ele fez descobertas importantes sobre duas doenças mortais: o resfriado comum e a raiva. Em 1883, ele se formou em direito. Galtier foi indicado ao Prêmio Nobel por seu trabalho sobre a raiva. Mas ele morreu em 1908, pouco antes de o vencedor ser escolhido, então foi concedido a Paul Ehrlich e Ilya Ilyich Mechnikov. ​ Em 1879, Pierre-Victor Galtier (1846–1908), professor da Escola de Veterinária de Lyon, demonstrou que a raiva podia ser transmitida de cães para coelhos, o que fornecia um animal experimental mais seguro. Pasteur e seus associados prepararam uma vacina suspendendo a medula espinhal de coelhos infectados em uma câmara de secagem para atenuar o vírus da raiva. Após cerca de duas semanas, o material tornou-se essencialmente inofensivo. Usando essas preparações, Pasteur poderia proteger cães que foram mordidos por animais raivosos ou inoculados com preparações de laboratório virulentas contendo o vírus vivo. ​ No estudo experimental da raiva, Pasteur teve Galtier como predecessor, que comunica à Academia de Medicina, da qual Pasteur faz parte, uma nota que chama a atenção de Pasteur: mostrou que os coelhos eram os melhores animais para desenvolverem a raiva, depois da inoculação, de cachorros suspeitos. Pasteur faz um experimento, mas percebe que o coelho morre rápido demais para que seja “raiva”. De modo cauteloso, analisa o sangue dos coelhos mortos no laboratório e sua descrição o leva a revelar a descoberta do pneumococo (Debré, 1995, p. 468-469). Convém especificar que a parte de Galtier no sucesso de Pasteur nunca foi suficientemente destacada (Debré, 1995, p. 470). ​ Ref. https://data.bnf.fr/en/10352816/victor_galtier/ Mais informações: https://www.encyclopedia.com/science/science-magazines/biomedicine-and-health-virology Mais informações: https://peoplepill.com/people/pierre-victor-galtier ​ Pierre-Henri Duboué 1834-1889 Médico francês. Doutor em medicina (Paris, 1859). Correspondente da Academia de Medicina. ​ Com a ajuda de seus assistentes, Pasteur começa a estudar a raiva, e se apoia em trabalhos anteriores, não só de Galtier, mas também de Henri Duboué. Este médico envia seus trabalhos a Pasteur e se mostra particularmente interessado em tudo o que diz respeito à localização evidente da doença na substância cerebral. Duboué escreve: ​ 'O agente mórbido progride lentamente, numa direção centripeta, do lugar da mordida para o bulbo raquiano, e muito rapidamente, numa direção centrífuga, deste último para os nervos que saem dele'. ​ Contudo, Pierre-Victor Galtier está inquieto com os trabalhos de Pasteur: não precisava de um rival com tanto prestigio... Por isso, ele se apressa a oferecer a Henri Bouley novos dados pedindo-lhe que os comunique, urgentemente, à Academia de Medicina. No início de 1881, afirma só encontrar o vírus rábico na saliva e assinala, também, que os tecidos nervosos não são contagiosos: ​ ' Inoculei mais de dez vezes, sem nenhum sucesso, o produto extraído da substância cerebral do cerebelo e da medula do cão raivoso'. ​ A partir dessas constatações científicas opostas, Pasteur formula um problema para resolver, ao mesmo tempo que deduz o esboço de um procedimento. Trata-se, em primeiro lugar, de localizar o vírus rábico e depois responder às seguintes perguntas: a substância cerebral é ou não infectada A baba é o único lugar onde o vírus está presente? Se Pasteur segue a pista indicada por Duboué e por Galtier, é porque ainda não conseguiu isolar o vírus rábico na saliva e porque está pesquisando novas vias de inoculação. A substância cerebral de um cão raivoso vai constituir sua primeira e principal abordagem da doença" (Debré, 1995, p. 469-470). ​ Ref. https://data.bnf.fr/en/10432755/henri_duboue/ Mais informações: https://bibliotheques-numeriques.defense.gouv.fr/document/aabcc7fd-08ad-4d08-a512-2ee70838d61a ​ Charles Darwin 1809-1882 Naturalista e geólogo inglês. Autor da teoria da seleção natural. ​ Charles Darwin foi um cientista inglês que estudou a natureza e se tornou célebre por sua teoria da evolução por meio da seleção natural. De acordo com essa teoria, todos os seres vivos estão em uma constante luta para sobreviver. Aqueles que possuem as características mais úteis em seu ambiente tendem a permanecer. Esses seres vivos então transmitem tais características úteis à prole (isto é, seus filhos). Dessa maneira, os animais se transformam, ou evoluem, ao longo de centenas de anos. Darwin apresentou essas ideias em seu importante livro Sobre a origem das espécies por meio da seleção natural ou A conservação das raças favorecidas na luta pela vida (1859), mais conhecido como A origem das espécies. ​ Charles Robert Darwin nasceu em 12 de fevereiro de 1809, em Shropshire, na Inglaterra. Na escola, nunca se saiu muito bem, mas mesmo assim estudou na Universidade de Edimburgo e na Universidade de Cambridge. Um professor em Cambridge incentivou seu interesse por história natural. ​ Em 1831, Darwin partiu em uma expedição para explorar o litoral da América do Sul. O grupo iniciou a viagem em 27 de dezembro de 1831 no navio HMS Beagle. O propósito era estudar a história natural das regiões visitadas. A viagem durou cerca de cinco anos. As observações que Darwin fez durante esse período o levaram a indagar-se sobre como se desenvolvem novas espécies. Para explicar esse processo, ele formulou a teoria da seleção natural. ​ Darwin apresentou sua teoria pela primeira vez em 1858. O conceito de evolução não era novo, mas a teoria de Darwin explicava como ela se dava. Quando Darwin publicou A origem das espécies, o livro fez sucesso imediato. No entanto, não foi bem recebido pelos criacionistas (os criacionistas acreditam que Deus criou tudo o que existe no mundo, tudo ao mesmo tempo). Darwin continuou a escrever sobre sua teoria em vários outros livros. Ele morreu em 19 de abril de 1882. ​ Depois da morte de Claude Bernard, Pasteur se torna o alvo principal dos antivivissecionistas,inclusive na Inglaterra. Em defesa de Pasteur, Charles Darwin declara que “a fisiologia não poderá avançar se suprimirmos experiências com animais vivos, e tenho a íntima convicção de que retardar o progresso da fisiologia é cometer um crime contra o gênero humano” (Debré, 1995, p. 482). ​ Ref.https://data.bnf.fr/en/11898689/charles_darwin/ Ref. https://escola.britannica.com.br/artigo/Charles-Darwin/481114 ​ Charles-Édouard Chamberland 1851-1908 Pierre-Paul-Émile Roux 1853-1933 Louis Thuillier 1856-1883 Adrien Loir 1862-1941 *Ver microbiografias de Chamberland, Roux e Thuillier no grupo Doenças Infectocontagiosas. *Ver microbiografia de Adrien Loir no grupo Família Laurent. ​ Com a ajuda de seus colaboradores Chamberland, Roux, Thuillier e Loir Pasteur começa a estudar a raiva (Debré, 1995, p. 469). ​ Porém, Roux se opõe frontalmente à vacinação da primeira criança (Joseph Meister), recusando, inclusive, a assinar os protocolos de estudo (Debré, 1995, p. 489). ​ Joseph Meister 1876-1940 O primeiro paciente tratado por Pasteur será Joseph Meister, uma criança francesa de 9 anos que foi atacada por um cão raivoso. Ele e sua mãe correm até Pasteur pedindo ajuda. Pasteur conta 14 lesões de gravidade alarmante, mas a circunstância favorável é de que as mordidas são recentes. Antes de se pronunciar, Pasteur consulta dois médicos nos quais confia plenamente: Alfred Vulpian (seu colega na Academia de Medicina), que é um dos médicos mais respeitados de sua época. Ele é membro da Comissão Oficial da Raiva, criada pelo governo, a pedido de Pasteur, para controlar e avaliar as pesquisas em curso sobre a doença. Diante do exame do paciente Joseph Meister, diz a Pasteur que acha o caso sério o suficiente para que se justifique esta primeira tentativa de vacinação. O outro médico é Jacques-Joseph Grancher, um jovem doutor chefe da unidade de Pediatria do Hospital Enfants-Malades, que associa um excelente conhecimento de microbiologia e a especialização em pediatria. Grancher também aconselha a Pasteur administrar o tratamento anti-rábico. Estes dois médicos examinam o paciente e realizam as inoculações, o que é de grande felicidade para Pasteur, tendo em vista que precisa de um médico para fazer as injeções, e Roux se opõe frontalmente, recusando, inclusive, a assinar os protocolos de estudo (Debré, 1995, p. 489). ​ O tratamento é um sucesso e Pasteur continua a se interessar pela educação do menino, inclusive abrindo-lhe uma poupança para suas pequenas despesas. Os Meister pedem a Pasteur ajuda para arranjar um emprego ao pai, pois como são da Alsácia, querem sair da tutela alemã. Pasteur faz todo o possível para ajudar a família. Futuramente, Joseph será empregado como guarda do Instituto Pasteur (Debré, p. 492). Em 1940, quando os alemães invadiram Paris, querem entrar no túmulo de Pasteur e de Marie. Eles encontram a oposição de Joseph Meister, zelador do Instituto. Ele se recusa a abrir os portões da cripta, e numa profunda depressão, ele se tranca em seu pequeno alojamento e acaba cometendo suicídio (Debré, 1995, p. 548). ​ Edmé Félix Alfred Vulpian 1826-1887 Médico francês. Professor e Reitor da Faculdade de Medicina de Paris. Membro da Academia de Ciências e da Academia de Medicina, seção de anatomia e fisiologia. ​ Médico neurologista e patologista. Ele foi o co-descobridor da atrofia muscular espinhal de Vulpian-Bernhardt e do fenômeno Vulpian-Heidenhain-Sherrington. Entre outras descobertas e experimentos notáveis, Vulpian descobriu adrenalina na medula adrenal. Ele foi o primeiro a usar o termo "fibrilação" para descrever um ritmo caótico e irregular do coração. ​ Antes de se pronunciar sobre a vacinação da criança Joseph Meister, Pasteur consulta Alfred Vulpian (seu colega na Academia de Medicina), que é um dos médicos mais respeitados de sua época. Ele é membro da Comissão Oficial da Raiva, criada pelo governo, a pedido de Pasteur, para controlar e avaliar as pesquisas em curso sobre a doença. Diante do exame do paciente Joseph Meister, diz a Pasteur que acha o caso sério o suficiente para que se justifique esta primeira tentativa de vacinação (Debré, 1995, p. 489). ​ Ref. https://data.bnf.fr/en/13084570/alfred_vulpian/ Ref. https://dbpedia.org/page/Alfred_Vulpian Mais informações: https://collection.sciencemuseumgroup.org.uk/people/cp83366/edme-felix-alfred-vulpian ​ Jacques-Joseph Grancher 1843-1907 Médico francês. Doutor em medicina (Paris, 1873). Presidente do Conselho de Administração do Instituto Pasteur, Paris, e membro da Academia de Medicina na seção de anatomia patológica. ​ Além de Alfred Vulpian, outro médico que Pasteur consulta é Jacques-Joseph Grancher, um jovem doutor chefe da unidade de Pediatria do Hospital Enfants-Malades, que associa um excelente conhecimento de microbiologia e a especialização em pediatria. Grancher também aconselha a Pasteur administrar o tratamento anti-rábico. Os dois médicos examinam o paciente e realizam as inoculações, o que é de grande felicidade para Pasteur, tendo em vista que precisa de um médico para fazer as injeções, e Roux se opõe frontalmente, recusando, inclusive, a assinar os protocolos de estudo (Debré, 1995, p. 489). ​ Ref. https://data.bnf.fr/en/12487158/joseph_grancher/ Mais informações: https://artsandculture.google.com/entity/jacques-joseph-grancher/m02pk6lc?categoryid=historical-figure Mais informações: http://himetop.wikidot.com/jacques-joseph-grancher-s-bust Mais informações: https://web.archive.org/web/20070221115153/http://www.pasteur.fr/infosci/archives/grc0.html ​ Jean-Baptiste Jupille 1869-1923 O segundo paciente será Jean-Baptiste Jupille, um jovem francês de 15 anos. O tratamento também é realizado com sucesso e há grande repercussão na imprensa, com o jovem se tornando uma “celebridade”. Futuramente, este também será empregado como porteiro do Instituto Pasteur, assim como Meister (Debré, 1995, p. 492-493). ​ Louise Pelletier ? O mesmo sucesso da vacinação contra a raiva não ocorre com a criança francesa Louise Pelletier, que só é levada a Pasteur 37 dias após ser mordida por um cachorro raivoso, com lesões supurando. Pasteur sabe que o prazo é muito longo e que caminha para o fracasso do tratamento. Contudo, ele se dobra diante da insistência dos pais e diante do sofrimento da criança. Poucos dias depois a criança falece, no mesmo dia do enterro do amigo Henri Bouley, da Academia de Medicina e Academia de Ciências. Os adversários de Pasteur tentam explorar o drama, mas não conseguem abalar a confiança geral no tratamento (Debré, 1995, p. 495). ​ Charles-Félix-Michel Peter 1824-1893 Médico francês. Foi professor de patologia interna na Faculdade de Paris. Membro da Academia de Medicina. ​ "Michel Peter (1824-1893) era parente de um cunhado de Pasteur. Isso não o impediu de ser um de seus adversários mais ferozes. Nascido em Paris, de pais muito pobres, começou como aprendiz e depois como tipógrafo em uma gráfica. Autodidata, preparou e obteve o bacharelado em ciências. Enquanto permanecia como chefe de oficina na mesma gráfica, ele começou seus estudos médicos. Estagiário aos 30 anos, doutor em medicina aos 35, chefe da clínica de Armand Trousseau no Hôtel-Dieu em 1863, encerrou a carreira como professor da faculdade de medicina, membro da Academia de Medicina. Excelente médico, orador eloquente e espirituoso, infelizmente considerou uma heresia aplicar experimentos de laboratório à patologia. Ele defendeu uma teoria, 'espontaneidade mórbida', que se opunha à teoria dos germes de Pasteur. Segundo ele, '... toda essa pesquisa sobre micróbios não vale o tempo que passamos lá, nem o barulho que fazemos a respeito ...'. Nisso se enganou, mas teve o mérito de fazer as pessoas admitirem que nem sempre é suficiente que um germe entre no organismo para que uma doença infecciosa se desenvolva; isso também requer o que ele chamou de 'consentimento do organismo'. A oposição entre Peter e Pasteur era particularmente violenta na época do trabalho de vacinação contra a raiva. Ela liderou as sessões da Academia de Medicina por dez anos" (Perrot & Schwartz, 2017, p. 176). ​ Por mais eloquentes que fossem os números apresentados, os adversários de Pasteur procuraram as menores falhas, fazendo com que ele tivesse que se justificar constantemente. Michel Peter, um dos mais obstinados oponentes de Pasteur, continuou a atacá-lo. Havia vezes em que Vulpian é quem respondia as controvérsias, defendendo Pasteur. No entanto, havia aqueles que acusavam Pasteur de homicida, inclusive na Faculdade de Medicina. Alguns alunos se dividiam entre pasteurianos e antipasteurianos e trocavam socos por causa disso (Debré, 1995, p. 498-501). ​ Ref. https://data.bnf.fr/en/13167090/michel_peter/ ​ Adolphe Rueff 1854-1912 Médico francês. Vice-chefe da clínica de patologia mental da Faculdade de Medicina de Paris, anexo à enfermaria especial da Prefeitura de Polícia de Paris, então médico da cidade de Paris. ​ Os raros fracassos do tratamento contra a raiva são explorados. Por isso, depois de cada morte, Pasteur levanta provas para se defender. Um dos primeiros casos, que transforma a vida no laboratório é de Jules Rouyer, é de uma criança mordida que é tratada. Depois, falece logo após receber um pontapé na região lombar. O médico legista solicita necropsia. Pasteur está na Itália de férias com a família, então Loir vai até o necrotério acompanhado de um delegado de polícia, onde a necropsia é feita na sua presença e de Grancher. Roux pede que enviem o bulbo raquiano, pois é o único modo de saber se a criança morreu de raiva. No dia seguinte, duas testemunhas, hostis ao método de Pasteur comparecem à necropsia: um conselheiro municipal, Adolphe Rueff e o médico Georges Clemenceau, defensor da geração espontânea e opositor de Pasteur (Debré, 1995, p. 505-506). ​ Ref. https://data.bnf.fr/fr/17145865/adolphe_rueff/ Mais informações: https://curiosity.lib.harvard.edu/contagion/catalog?f%5Bcreators-contributors_ssim%5D%5B%5D=Rueff%2C+Ad.+%28Adolphe%29&f%5Bplace-of-origin_ssim%5D%5B%5D=France&f%5Bsubjects_ssim%5D%5B%5D=Tuberculosis--Treatment ​ Georges Clemenceau 1841-1929 Estadista francês, apelidado de "O Tigre" ou "O Pai da Vitória" após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Chefe do Governo (1906-1909; 1917-1920). Deputado pelo Sena (1876-1885), depois pelo Var (1885-1893). Senador de Var (1902-1920). Jornalista, diretor-fundador do jornal "La Justice" (em 1880), depois de "L'Homme libre" (em 1913) que se tornou "L'Homme enchaîné" (em 1914). Doutor em medicina (Paris, 1865). Membro da Academia de Ciências e da Academia Francesa (eleito em 1918). ​ Foi primeiro-ministro da França por vários mandatos, dos quais o mais importante ocorreu durante a Primeira Guerra Mundial, quando assumiu o cargo em 15 de novembro de 1917. Seus sentimentos antialemães antes da guerra e uma ardente determinação para derrotar a Alemanha o fizeram insistir que o Tratado de Versalhes exigisse o desarmamento alemão e estritas indenizações à França. Esta fotografia faz parte da Guerra das Nações, uma compilação de 1.398 imagens de rotogravura com breves legendas descritivas referentes à Primeira Guerra Mundial e suas consequências imediatas. O livro foi publicado pela New York Times Company e inclui imagens que apareceram na Mid-Week Pictorial, uma revista semanal de fotografias de notícias publicada pela New York Times Company entre 1914 e 1937. As fotografias retratam os principais líderes militares e civis dos países envolvidos na guerra, cenas de batalha, importantes sistemas de armas, ruínas e destruições causadas pelo conflito, o retorno das tropas depois da guerra e as celebrações de vitória em vários países, e cenas da Conferência de Paz de Paris. Além da frente ocidental na França e na Bélgica, as imagens abrangem outros teatros de operações, incluindo as frentes orientais, italianas e dos Balcãs, a Campanha de Galípoli (ou Batalha dos Dardanelos), e a campanha na Mesopotâmia e na Palestina. Entre os acontecimentos do pós-guerra estão as revoluções na Alemanha e na Rússia e a intervenção de tropas aliadas e americanas na Sibéria. O livro contém um índice; 32 mapas, incluindo mapas pictóricos que ilustram frentes e campanhas; e um apêndice de três páginas que fornece uma cronologia de 1914 a 1919, estatísticas (incluindo a força mobilizada e o número de mortos, feridos e desaparecidos de todos os beligerantes), os principais eventos durante a guerra, e as principais disposições do Tratado de Versalhes, que encerrou formalmente a guerra. ​ "Muito mais grave foi a oposição de parte da Academia de Medicina, liderada em particular pelo médico Michel Peter. Segundo os opositores, que contavam com o jovem médico Georges Clemenceau, não só o tratamento de Pasteur era ineficaz, mas perigoso" (Perrot; Schwartz, 2017, p. 182). ​ Georges Clemenceau inicialmente era defensor da geração espontânea e opositor de Pasteur (Debré, 1995, p. 506). Como um jovem jornalista, Clemenceau atacou violentamente o trabalho de Louis Pasteur (que não era médico). No entanto, uma vez que as demonstrações deste último foram realizadas e endossadas por Joseph Lister, ele admitiu seu erro. ​ Ref. https://data.bnf.fr/en/11897013/georges_clemenceau/ Ref. https://www.histoiredumonde.net/Georges-Clemenceau.html Mais informações: https://www.wdl.org/pt/item/19316/ ​ Paul Camille Hippolyte Brouardel 1837-1906 Médico patologista francês. Médico do hospital Saint-Antoine (desde 1873), depois do hospital Pitié, em Paris. Doutor em medicina (1865). Decano da Faculdade de Medicina de Paris (desde 1887). Membro da Academia Nacional de Medicina (eleito em 1880). Membro do Instituto, membro livre da Academia das Ciências (eleito em 1892). Em 1858 ele se tornou um externe do Hôpital Cochin, em Paris, e em 1865 obteve seu doutorado médico. Em 1873 ele se tornou diretor de serviços médicos no Hôpital Saint-Antoine e de la Pitié. Em 1879 ele se tornou um professor de ciência forense na Faculté de Médecine de Paris, e conseguiu Auguste Ambroise Tardieu, como decano da medicina forense francesa. De 1884 a 1904 foi presidente da Comissão Consultiva de Higiene, e em 1899 foi eleito presidente da Associação Francesa para o Avanço das Ciências. Brouardel foi uma das principais autoridades da medicina legal e também foi um defensor apaixonado sobre todos os aspectos da saúde pública e higiene. Ele estava na vanguarda de questões como segurança alimentar, tuberculose, doenças venéreas, abuso infantil, alcoolismo e da decência pública. Brouardel exerceu uma grande influência sobre a carreira do neurologista Georges Gilles de la Tourette. ​ Os raros fracassos do tratamento contra a raiva são explorados. Por isso, depois de cada morte, Pasteur levanta provas para se defender. Um dos primeiros casos, que transforma a vida no laboratório é de Jules Rouyer, é de uma criança mordida que é tratada. Depois, falece logo após receber um pontapé na região lombar. O médico legista solicita necropsia. Pasteur está na Itália de férias com a família, então Loir vai até o necrotério acompanhado de um delegado de polícia, onde a necropsia é feita na sua presença e de Grancher. Roux pede que enviem o bulbo raquiano, pois é o único modo de saber se a criança morreu de raiva. No dia seguinte, duas testemunhas, hostis ao método de Pasteur comparecem à necropsia: um conselheiro municipal, Adolphe Rueff e o médico Georges Clemenceau, defensor da geração espontânea e opositor de Pasteur. O médico legista, Paul Brouardel observa a disfunção renal provocada pelo pontapé. No laboratório de Pasteur identificam também o vírus da raiva. Brouardel sabe que se colocar no relatório as duas doenças como causa da morte, a responsabilidade de Pasteur será questionada e se recuaria 50 anos na evolução da ciência (em suas palavras), então opta por colocar apenas insuficiência renal. Posteriormente, após a inoculação em coelhos que ficam bem e não morrem, comprova-se definitivamente a versão oficial da morte dada por Brouard el (Debré, 1995, p. 506-507). ​ Ref. https://data.bnf.fr/en/12208850/paul_brouardel/ Ref. https://artsandculture.google.com/entity/paul-brouardel/m02q_xf0 ​ Próximo Grupo

  • Início da Vacinação | Pasteur Brasil

    Voltar para os Grupos Início da Vacinação Chineses, Indianos, Persas, etc. Tempos remotos A prática da vacinação é antiquíssima. No século X os chineses realizaram inoculações que protegiam da varíola. Ao que parece, esta técnica vinha da Índia. A pústula foi usada como arma bacteriológica para arrasar, por exemplo, aldeias indígenas (Debré, 1995, p. 428-429). Diz-se que a inoculação contra a varíola foi praticada na China, Índia e Pérsia desde os tempos mais remotos (Dubos, 1967b, p. 274). Mary Wortlay Monatgu 1689-1762 Nobre inglesa. Escritora. Esposa do embaixador britânico na Turquia. ​ Nascida em Londres, Lady Mary Pierrepont foi criada em grande estilo em casas pertencentes à sua família. Desde tenra idade, ela desejava receber uma educação melhor do que se julgava apropriado para as meninas de sua época e de sua classe social. Escrevendo mais tarde na vida, Lady Mary descreve uma visita à biblioteca de sua família para “roubar” sua educação, longe do olhar de uma governanta desprezada. Aos 16 anos, ela havia escrito dois volumes de poesia, um pequeno romance e aprendeu latim sozinha. ​ Aos 23 anos, ela fugiu para se casar com Edward Wortley Montagu, e eles se mudaram para Londres. Uma socialite popular, ela logo seria encontrada em cada uma das cortes separadas e mutuamente hostis do Rei George I e do futuro George II. N essa época, seu único irmão morreu de varíola, aos 20 anos. Lady Mary também contraiu a doença, em 1715, mas se recuperou, contra as expectativas. Em 1716, seu marido foi nomeado embaixador no Império Otomano e eles se mudaram para Constantinopla (atual Istambul). ​ Morando em Constantinopla, Lady Mary tinha acesso a haréns, ou seja, os aposentos das mulheres. Comparando as mulheres turcas com sua vida na Inglaterra, ela escreveu: “As moças turcas [sic] não cometam nenhum pecado a menos por não serem cristãs ... É muito fácil ver que elas têm mais liberdade do que nós ...”. ​ Com sua própria família afetada pela varíola, Lady Mary ficou satisfeita ao descobrir que a vacinação contra a varíola era comum no Império Otomano. O método consistia em introduzir o vírus da varíola em uma pessoa não infectada, proporcionando imunidade contra a doença. ​ Lady Mary fez com que o cirurgião da embaixada britânica inoculasse seu filho. De volta para casa em 1721, enquanto uma epidemia global de varíola estava matando pessoas da Grã-Bretanha a Boston, Massachusetts, ela o fez inocular sua filha (nascida na Turquia) e divulgou os benefícios da inoculação contra a hostilidade amarga, incluindo a violência física. Os oponentes do procedimento ridicularizavam-no como oriental, irreligioso e um modismo de mulheres ignorantes, de modo que a fama de Lady Mary por ele foi mesclada e de curta duração. ​ Embora publicadas apenas depois de sua vida, suas Cartas da Embaixada continuam sendo uma fonte importante para os historiadores do período. ​ Diz-se que em 1717, que lady Montagu, esposa do embaixador britânico na Turquia, introduziu a vacinação da varíola de Constantinopla até a Europa (Dubos, 1967b, p. 274). Lady Montagu lançou na corte inglesa a moda da vacina, que se propagou por todo o continente europeu (Debré, 1995, p. 429). ​ Ref. https://www.nationaltrust.org.uk/features/who-was-lady-mary-wortley-montagu ​ Edward Jenner 1749-1823 Médico cirurgião inglês. Introduziu a vacinação contra a varíola e, assim, lançou as bases dos conceitos modernos de Imunologia. ​ Jenner nasceu em 17 de maio de 1749, na vila de Berkeley, em Gloucestershire. Aos 8, sua escola começou em Wooton-under-Edge e continuou em Cirencester. Aos 13, ele foi aprendiz de Daniel Ludlow, um cirurgião, em Sodbury. Em 1770, Jenner foi para Londres para estudar com o renomado cirurgião, anatomista e naturalista John Hunter, retornando à sua Berkeley natal em 1773. ​ Jenner se interessou pela natureza quando criança, e esse interesse se expandiu sob a orientação de Hunter. Por exemplo, em 1771, o jovem médico organizou os espécimes zoológicos coletados durante a viagem de descoberta do capitão James Cook ao Pacífico. Seu trabalho minucioso o levou a ser recomendado para o cargo de naturalista na segunda viagem de Cook, mas ele declinou em favor de uma carreira médica. Jenner ajudou nos estudos zoológicos de Hunter de várias maneiras durante seus poucos anos em Londres e depois em Berkeley. Os métodos experimentais de Hunter, a insistência na observação exata e o encorajamento geral são refletidos neste trabalho de história natural, mas são especialmente aparentes na introdução da vacinação de Jenner. ​ Nos países orientais, a prática de inoculação contra a varíola com matéria retirada de uma pústula de varíola era comum. Essa prática foi introduzida na Inglaterra no início do século XVIII. Embora tal inoculação ajudasse na prevenção da doença temida e generalizada, era perigosa. Havia uma história comum entre os fazendeiros de que se uma pessoa contraísse uma doença relativamente branda e inofensiva do gado chamada varíola bovina, resultaria em imunidade à varíola. Jenner ouviu essa história pela primeira vez enquanto era aprendiz de Ludlow e, quando foi para Londres, discutiu longamente com Hunter as possibilidades de tal imunidade. Hunter o encorajou a fazer mais observações e experimentos, e quando Jenner voltou a Berkeley, ele continuou suas observações por muitos anos até estar totalmente convencido de que a varíola bovina, de fato, conferia imunidade à varíola. Em 14 de maio de 1796, ele vacinou um menino com material de varíola bovina retirado de uma pústula na mão de uma leiteira que havia contraído a doença de uma vaca. O menino sofreu os sintomas leves usuais de varíola bovina e se recuperou rapidamente. Algumas semanas depois, o menino foi inoculado com varíola e não sofreu efeitos colaterais. ​ Em junho de 1798 Jenner publicou Um inquérito sobre as causas e efeitos da Variolae Vaccinae, uma doença descoberta em alguns condados ocidentais da Inglaterra, particularmente em Gloucestershire, e conhecida pelo nome de varíola . Em 1799, outras observações sobre o Variolae Vaccinae ou Cowpox apareceram e, em 1800, A Continuação de Fatos e Observações Relativas ao Variolae Vaccinae, ou Cowpox. A recepção das idéias de Jenner foi um pouco lenta, mas o reconhecimento oficial veio do governo britânico em 1800. Pelo resto de sua vida, Jenner trabalhou de forma consistente para o estabelecimento da vacinação. Esses anos foram marcados apenas pela morte em 1815 de sua esposa, Catherine Kingscote Jenner, com quem ele se casou em 1788. Jenner morreu de hemorragia cerebral em Berkeley em 26 de janeiro de 1823. ​ Ao empregar a palavra “vacinar” para designar a inoculação de germes com virulência atenuada, Pasteur mostra tudo o que deve a seus predecessores, Jenner em primeiro lugar, como ele reconhece em um discurso em Londres em 1881: ​ “Dei à expressão vacinação uma extensão que a ciência, assim o espero, consagrará como uma homenagem aos méritos e imensos serviços prestados por um dos maiores homens da Inglaterra, Edward Jenner” (Debré, 1995, p. 428). ​ "Para fazer mais manifesta a analogia entre seu descobrimento e o de Jenner, Pasteur elegeu para descrever o novo fenômeno o nome de vacinação" (Dubos, 1967b, p. 281). ​ Ref. https://data.bnf.fr/en/12571626/edward_jenner/ Ref. https://www.encyclopedia.com/international/encyclopedias-almanacs-transcripts-and-maps/jenner-edward-1749-1823 ​ Ernest Chambon 1836-1910 Médico francês. ​ "Durante décadas após a descoberta de Jenner, poucos esforços foram feitos para usar o inoculante de varíola bovino retirado diretamente do gado, talvez porque a vacina de Jenner veio de feridas de varíola nos braços e mãos de leiteiras infectadas. Então, na Itália, por volta de 1840, Giuseppe Negri, de Nápoles, usou material bovino para vacinar pessoas. A nova abordagem foi relatada em congressos médicos, mas não foi seriamente considerada pela classe médica em geral até 1864, quando Gustave Lanoix e Ernest Chambon trouxeram um bezerro infectado com varíola bovina de Nápoles para Paris com o objetivo de estabelecer um serviço de vacinação. Em poucos anos, um de seus bezerros estava sendo usado na Academia de Medicina. A justaposição de médicos bem vestidos e arquitetura extravagante com uma novilha dócil tornou o evento digno de nota. Uma novilha poderia fornecer vírus suficiente para milhares de doses de vacina ao longo de algumas semanas, e um pequeno rebanho permitiria a vacinação sob demanda para qualquer cidade que enfrentasse uma epidemia. E os pacientes não corriam mais o risco de infecção simultânea com outras doenças humanas. ​ Chambon se mudou para os Estados Unidos por um tempo, abrindo um escritório em 120 Fort Greene Place, no Brooklyn, na época a terceira cidade mais populosa do país, onde ganhou ainda mais publicidade. Graças à defesa de Chambon, do médico americano e especialista em varíola Henry Martin e outros, departamentos de saúde e empresários estabeleceram rapidamente “fazendas de vírus” nos Estados Unidos e Canadá nas últimas décadas do século XIX". ​ "Emest Chambon, 'apóstolo e divulgador da vacina animal', como ele próprio se intitula, organiza em Paris, na rua Massillon, sua primeira unidade de vacinação. Ele se torna 'o homem da vaca' para os garotos da cidade que o vêem conduzir sua novilha aos hospitais, até o dia em que, para evitar esses deslocamentos, ele cria, na rua Ballue, o primeiro Instituto de Vacínia. Em 1868, um projeto de lei propõe generalizar o emprego da polpa de vacina glicerinada. Mas a lei não é adotada porque o processo não parece seguro. Portanto, continua dificil a obtenção de grande quantidade da vacina. Além do mais, o debate volta, na Academia de Medicina, quando alguns adeptos teóricos da vacinação, como Léon Le Fort, recusam-se a torná-la obrigatória na prática da medicina; eles afirmam que a separação dos portadores de varíola é mais eficaz... Na França, foi preciso esperar até 1902 para que o projeto de vacinação antivariólica obrigatória fosse aprovado e até 1907 para que fosse aplicado" (Debré, 1995, p. 432). ​ "O divulgador da vacinação animal tem direito ao reconhecimento de todos” (Dr. Émile Roux). ​ Ref. https://catalogue.bnf.fr/ark:/12148/cb320933947 Ref. https://bibliotheques-numeriques.defense.gouv.fr/document/655b1a75-12f0-4701-8a7d-d5290d56e03a Mais informações: http://www.calames.abes.fr/pub/#details?id=FileId-1247 Mais informações: https://www.sciencehistory.org/distillations/smallpox-and-the-long-road-to-eradication ​ O pioneiro da vacinação contra a varíola, Ernest Chambon, extrai pus de lesões de varíola bovina enquanto os pacientes observam em seu escritório no Brooklyn, do Illustrated News de Frank Leslie , 6 de abril de 1872. Harvey Cushing / John Hay Whitney Medical Library, Yale University Joseph-Alexandre Auzias-Turenne 1812-1870 Médico francês. Doutor em medicina (Paris, 1842). Chefe do trabalho anatômico da Escola Auxiliar de Medicina de Paris. ​ "Como muitos outros que pregaram a teoria microscópica da doença antes de Pasteur e Koch, Auzias-Turenne permaneceu esquecido. No entanto, suas opiniões, que apresentara infatigavelmente em muitos artigos e conferências, impressionaram tanto seus contemporâneos que as reimprimiram depois de sua morte em forma de um grande livro chamado La Syphilisation. Auzias-Turenne aconselhava a imunização da juventude de todo o mundo contra a sífilis, mediante a inoculação com material do cancro mole, que ele considerava uma forma atenuada da doença. Segundo ele, o cancro mole tinha a mesma relação com a sífilis que a varíola bovina com a varíola. Era com essa mensagem que ele esperava alcançar a imortalidade, mas também tinha muito a dizer sobre outras doenças infecciosas como antraz, cólera, varíola, raiva e pleuropneumonia do gado. Suas declarações ilustram o argumento defendido por alguns médicos antes de Pasteur e Koch estabelecerem definitivamente que "vírus de doenças" eram microrganismos vivos" (Dubos, 1967b, p. 278). ​ "The Syphilization foi publicado em 1878, e por meio de relações familiares, um exemplar caiu nas mãos do jovem Adrien L Loir, sobrinho de Pasteur, que imediatamente passou o livro para seu tio. De acordo com Loir, Pasteur estava muito interessado nos escritos de Auzias-Turenne. Ele guardava o livro em casa, numa gaveta especial de sua escrivaninha, e o lia com frequência, até mesmo copiando frases inteiras dele. É possível que Pasteur se estimulou em seus intentos de imunização em cachorros e seres humanos com as alegações de Auzias-Turenne sobre imunização terapêutica na pleuro pneumonia de bovinos" (Dubos, 1967b, p. 179-280). ​ Em suas memórias, 50 anos depois, o sobrinho de Pasteur e assistente de laboratório, Adrien Loir, escreveu que Pasteur derivou muitas de suas ideias médicas durante esse tempo diretamente dos escritos científicos de Joseph-Alexandre Auzias-Turenne, um fisiologista francês que morreu em 1870. As obras coletadas de Auzias, intituladas La Syphilization, foram publicadas em 1878, e uma cópia foi dada a Pasteur por Loir. Em suas próprias memórias, Loir afirmou que a aquisição fortuita de La Syphilization de Auzias por Pasteur neste momento chave foi um fator decisivo em seu subsequente desenvolvimento bem-sucedido de uma vacina contra a raiva. ​ "Depois de um jantar na casa do senhor Andecy, falei a Pasteur sobre o doutor Auzias-Turenne, de quem meu hospedeiro havia sido executor testamentário, e mandara publicar sua obra. Entreguei-lhe o grosso volume da parte do senhor Andecy. Depois de haver percorrido a obra com os olhos, o mestre me pede que solicite ao senhor Andecy para vir visitá-lo. Eles ficaram mais de duas horas conversando a sós. Pasteur manteve o livro sempre por perto, sobre sua mesa; lia-o constantemente, e isso durante muitos anos. Muitas ideias lhe foram sugeridas por essa leitura. Copiava muitas frases dessa obra. Mas nunca falava sobre esse livro, La Syphilisation, pois teriam-no ridicularizado" (Debré, 1995, p. 433). ​ Ref. https://data.bnf.fr/fr/10932710/alexandre_auzias-turenne/ Mais informações: https://muse.jhu.edu/article/401201 ​ Jean-Joseph-Henri-Toussaint 1847-1890 Médico e veterinário francês. Escola Nacional de Veterinária de Lyon. Cavaleiro da Legião de Honra (1889). ​ Henri-Toussaint foi um veterinário francês nascido em Rouvres-la-Chétive, departamento de Vosges. Em 1869, ele recebeu seu diploma da escola de medicina veterinária de Lyon. Em 1876 foi nomeado professor de anatomia, fisiologia e zoologia na escola veterinária de Toulouse. ​ Henri-Toussaint desenvolveu um método de vacinação contra o antraz, no qual enfraquecia o patógeno pelo antisséptico fenol. Esta foi a primeira vez que os patógenos foram enfraquecidos ou mortos por um produto químico para uma vacina. ​ Toussaint é lembrado pelas contribuições feitas no campo da bacteriologia. A partir de sua pesquisa, ele conduziu investigações importantes sobre cólera, sepse e tuberculose nas galinhas. ​ "Toussaint fica mais do que atento aos trabalhos de Pasteur: sonha em ultrapassar o outro, mais velho. É incentivado por Henry Bouley, que o encarrega, em 1878, de uma missão a respeito do carbúnculo. Nesse ano, de 26 de agosto a 22 de setembro, Toussaint fica em Beauce, não muito longe de Pasteur e de seus alunos. As duas equipes são concorrentes, mas não se ignoram. Além do mais, sempre confiante em si mesmo, Pasteur não hesita em comunicar a seu jovem colega algumas conclusões resultantes da necropsia de vacas que morreram com o mal negro. Ao voltar da missão, Toussaint publica um relatório, logo depois da publicação da equipe da rua Ulm, que só faz confirmar as hipóteses do mestre. ​ Depois desse primeiro contato com os trabalhos de Pasteur, Toussaint prossegue com suas pesquisas sobre o carbúnculo e, em particular, continua na busca de uma vacina para essa doença. Em 12 de julho de 1880, ele entrega à Academia de Medicina e à Academia de Ciências um envelope lacrado e anuncia que aperfeiçoou um método que permite vacinar contra o carbúnculo. Foi um deus-nos-acuda: revoltam-se — Colin, em primeiro lugar – como a um jovem galanteador se permita uma atitude que acabam de condenar em Pasteur! Publicar um resultado sem divulgar o processo! É inadmissível... A Academia não é um móvel com gavetas secretas onde se podem depositar cartas lacradas. Toussaint é, então, obrigado a se dobrar e a revelar seu procedimento . ​ Logo se verifica que o jovem veterinário se apressou demais em cantar vitória: Pasteur e sua equipe percebem que o calor não mata as bactérias do carbúnculo, só as atenua. Não é preciso muito para que recuperem a virulência. A mesma coisa acontece com ácido fênico que Toussaint preconiza então. A vacina volta a ser patogênica em alguns dias. Se atenuada em Toulouse, a preparação do carbúnculo não protege mais em Maison-Alfort; o tempo da viagem devolve a força às bactérias. Aumentar a temperatura não resolve nada, a bactéria não age mais como vacina. ​ Pasteur fica furioso por se ter incomodado em invalidar uma má experiência: ​ 'Não, sobretudo com assuntos dessa ordem, quando não se está seguro de si, não se agita a tal ponto o mundo científico, ainda mais que a estranheza dos resultados recomenda a maior reserva. O senhor Toussaint não foi prudente em relação à septicemia e à cólera das galinhas. Afirmar, com essa segurança, a total identidade das duas doenças é não conhecer nenhuma delas. E ele nos pede para apoiar suas conclusões de mais de duzentos e cinquenta experiências! Quando se declara ter feito duzentos e cinquenta experiências, é que se experimentou mal mais de 249 vezes'. Toussaint se rende às críticas e reconhece que seu método não é confiável. Mais calmo, Pasteur manda dizer por Bouley que terá "a delicadeza de se abster de uma crítica detalhada para deixar ao senhor Toussaint o cuidado de controlar a si próprio" (Debré, 1995, p. 436-438). ​ Henri-Marie Bouley 1814-1885 *Ver microbiografia de Henri Bouley no grupo Academia de Ciências. ​ "Toussaint fica mais do que atento aos trabalhos de Pasteur: sonha em ultrapassar o outro, mais velho. É incentivado por Henry (Henri) Bouley, que o encarrega, em 1878, de uma missão a respeito do carbúnculo. Nesse ano, de 26 de agosto a 22 de setembro, Toussaint fica em Beauce, não muito longe de Pasteur e de seus alunos. As duas equipes são concorrentes, mas não se ignoram. Além do mais, sempre confiante em si mesmo, Pasteur não hesita em comunicar a seu jovem colega algumas conclusões resultantes da necropsia de vacas que morreram com o mal negro. Ao voltar da missão, Toussaint publica um relatório, logo depois da publicação da equipe da rua Ulm, que só faz confirmar as hipóteses do mestre. ​ Toussaint se rende às críticas e reconhece que seu método não é confiável. Mais calmo, Pasteur manda dizer por Bouley que terá "a delicadeza de se abster de uma crítica detalhada para deixar ao senhor Toussaint o cuidado de controlar a si próprio" (Debré, 1995, p. 436-438). ​ Hippolyte Rossignol 1837-1919 Veterinário. Professor da Escola de Agricultura Melun e veterinário departamental. ​ Os resultados das pesquisas sobre a vacinação do carbúnculo se tornam conhecidos. Rossignol, veterinário na cidade de Mélun, membro considerado da Sociedade de Agricultura local e redator da Revue Vétérinaire, quando toma conhecimento da comunicação de Pasteur, clama por testes decisivos, a serem colocados em prática em uma fazenda, e toma a iniciativa de organizar uma demonstração pública, cuidando de sua própria publicidade. Se a experiência fracassar, ele será conhecido como aquele que conseguiu pegar Pasteur no erro. Se for bem-sucedida, ele terá sua parte no sucesso (Debré, 1995, p. 443). ​ Sessenta carneiros são utilizados no experimento. Vinte e cinco serão vacinados e os outros vinte e cinco ficarão sem vacina. Dez carneiros servirão de grupo de controle. Pasteur chama Chamberland e Rouxque estão em férias, referindo ser este um “empreendimento grave e considerável”. Thuillier também é acionado (Debré, 1995, p. 446). ​ Uma multidão de pessoas chega de diversas localidades. São agricultores, conselheiros gerais, médicos, redatores-chefes de revistas veterinárias, pessoas da imprensa (da França e do exterior). Foi considerado um espetáculo, por ser muito raro ver um cientista fora de seu laboratório. O ambiente parecia mais uma feira (Debré, 1995, p. 445). ​ Na manhã seguinte chega o telegrama de Rossignol anunciando o que chamou de “sucesso assombroso”. Os animais não vacinados estão mortos e todos os vacinados estão bem. Chegando à fazenda, todos são acolhidos por uma multidão que festeja o sucesso do experimento. A imprensa especializada multiplica os artigos e comenta-se o experimento até no Times, que enviou um correspondente para cobrir o caso (Debré, 1995, p. 447-448). ​ Rossignol foi o iniciador do experimento realizado por Louis Pasteur com antraz em ovelhas em Pouilly-le-Fort em 1881. ​ Ref. https://data.bnf.fr/fr/10709804/hippolyte_rossignol/ Ref. https://phototheque.pasteur.fr/fr/asset/fullTextSearch/search/hippolyte%20rossignol/page/1 Mais informações: https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k86307239/f58.image.r= Mais informações: http://svpf.fr/IMG/pdf/SVPF_T93_N3_PP26_34.pdf ​ Charles-Édouard Chamberland 1851-1908 *Ver microbiografia de Charles Chamberland no grupo Doenças Infectocontagiosas. ​ No experimento com antraz em ovelhas em Pouilly-le-Fort em 1881, Pasteur chama Chamberland e Roux que estão em férias, referindo ser este um “empreendimento grave e considerável”. Thuillier também é acionado (Debré, 1995, p. 446). ​ Após as inoculações, Pasteur, na grande sala da fazenda, fala ao público e expõe seu método. Serão realizados mais dois encontros, para a segunda e terceira inoculações. O último encontro é marcado para a constatação dos resultados. Neste período, Chamberland e Roux acompanham os animais. Um está febril, outro tem um edema, outro está mancando. Pasteur escuta o relato e fica preocupado, tomado por dúvidas. Pasteur acusa Roux de ser o responsável pelo fracasso da experiência, e Marie intervém para acalmar Pasteur. Na manhã seguinte chega o telegrama de Rossignol anunciando o que chamou de “sucesso assombroso”. Os animais não vacinados estão mortos e todos os vacinados estão bem. Chegando à fazenda, todos são acolhidos por uma multidão que festeja o sucesso do experimento. A imprensa especializada multiplica os artigos e comenta-se o experimento até no Times, que enviou um correspondente para cobrir o caso (Debré, 1995, p. 447-448). ​ Com o sucesso evidente, Pasteur faz relatórios para a Academia de Ciências e para a Academia de Medicina. O governo quer prestar uma homenagem a Pasteur, mas ele diz só aceitar uma condecoração se puder dividi-la com Roux e Chamberland (Debré, 1995, p. 449). ​ Pierre-Paul-Émile Roux 1853-1933 *Ver microbiografia de Émile Roux no grupo Doenças Infectocontagiosas. ​ No experimento com antraz em ovelhas em Pouilly-le-Fort em 1881, Pasteur chama Chamberland e Roux que estão em férias, referindo ser este um “empreendimento grave e considerável”. Thuillier também é acionado (Debré, 1995, p. 446). ​ Após as inoculações, Pasteur, na grande sala da fazenda, fala ao público e expõe seu método. Serão realizados mais dois encontros, para a segunda e terceira inoculações. O último encontro é marcado para a constatação dos resultados. Neste período, Chamberland e Roux acompanham os animais. Um está febril, outro tem um edema, outro está mancando. Pasteur escuta o relato e fica preocupado, tomado por dúvidas. Pasteur acusa Roux de ser o responsável pelo fracasso da experiência, e Marie intervém para acalmar Pasteur. Na manhã seguinte chega o telegrama de Rossignol anunciando o que chamou de “sucesso assombroso”. Os animais não vacinados estão mortos e todos os vacinados estão bem. Chegando à fazenda, todos são acolhidos por uma multidão que festeja o sucesso do experimento. A imprensa especializada multiplica os artigos e comenta-se o experimento até no Times, que enviou um correspondente para cobrir o caso (Debré, 1995, p. 447-448). ​ Com o sucesso evidente, Pasteur faz relatórios para a Academia de Ciências e para a Academia de Medicina. O governo quer prestar uma homenagem a Pasteur, mas ele diz só aceitar uma condecoração se puder dividi-la com Roux e Chamberland (Debré, 1995, p. 449). ​ Louis Thuillier 1856-1883 *Ver microbiografia de Louis Thuillier no grupo Doenças Infectocontagiosas. ​ No experimento com antraz em ovelhas em Pouilly-le-Fort em 1881, Pasteur chama Chamberland e Roux que estão em férias, referindo ser este um “empreendimento grave e considerável”. Thuillier também é acionado (Debré, 1995, p. 446). ​ Gabriel Constant Colin 1825-1896 *Ver microbiografia de Gabriel Colin no grupo Academia de Medicina. ​ Veterinário francês. Membro da Academia de Medicina. ​ Após o sucesso do experimento de Pouilly-le-Fort em 1881, enquanto na Inglaterra Pasteur é aclamado, na França se constata que nem todos estão convencidos, a exemplo de Gabriel Colin (Debré, 1995, p. 451). ​ Heinrich Hermann Robert Koch 1843-1910 *Ver microbiografia de Robert Koch no grupo Doenças Infectocontagiosas. ​ Durante todo o ano de 1882, Pasteur será confrontado por Robert Koch e por Membros da Escola Berlinense, a exemplo de Friedrich Löffler (aluno de Koch). Eles criticam as culturas do caldo, a descoberta do vibrião séptico, as experiências com as galinhas carbunculosas, e a existência e eficácia da vacina. É realizada uma contra-experiência, e Thuillier é enviado a esta missão, que é um sucesso. No entanto, Koch não fica inteiramente convencido, e os alemães não confessam publicamente a derrota. Neste mesmo período, Koch acaba descobrindo o agente da tuberculose, batizado de bacilo de Koch. No entanto, ele deixa para outros a descoberta das soluções terapêuticas, pois não acredita na vacinação (Debré, 1995, p. 454-455). ​ Pasteur tenta conseguir um ganho de causa definitivo naquele mesmo ano por ocasião do Congresso Internacional de Higiene em Genebra. Ele está desejoso de uma resposta oficial de Koch diante dos representantes de todos os países reunidos. Ao subir na tribuna, Pasteur fala dos resultados das experiências e acrescenta “Porém, por mais brilhante que seja a verdade demonstrada, ela não tem o privilégio de ser aceita facilmente. Na Franca e no exterior, encontrei opositores obstinados”. Em seguida, dirige-se diretamente a Koch e a seus discípulos, sentados na primeira fila, pois estes insinuam que seus trabalhos não podem ser considerados rigorosos. Pasteur continua falando detalhando a experiência e Koch escuta em silêncio, não aceitando um debate contraditório em público. Subindo no estrado, afirma que prefere responder por escrito, o que ocorre 3 meses depois, afirmando que a atenuação do vírus é uma fábula. Pasteur retoma, uma a uma, as acusações de Koch e para explicar, relembra suas primeiras descobertas e até volta às antigas altercações com Liebig (Debré, 1995, p. 456). ​ Próximo Grupo

bottom of page