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Besançon

Após o retorno da breve passagem por Paris, Pasteur dará continuidade a seus estudos no Collège Royal de Besançon, dos 15 aos 17 anos. A cidade, próxima a Arbois, era conveniente para que o jovem pudesse manter contato com a família.
 

Nesta urbe, Pasteur estuda Filosofia, Letras, Matemática e Ciências. O reservado jovem aproveita os momentos de lazer para realizar suas pinturas em pastel.
 

Pasteur faz novos amigos, dentre os quais Jules Marcou (1824-1898), de quem faz um retrato. Este futuro geólogo participará da exploração científica das Montanhas Rochosas nos Estados Unidos, e lecionará em Harvard.
 

Além de Charles Chappuis e Jules Vercel, Pasteur se tornará também grande amigo de Pierre-Augustin Bertin (1818-1884), sendo este um dos únicos companheiros capazes de divertir o introvertido Louis, se tornando companhia inseparável.
 

Bertin estudará com Pasteur na École Normale Supérieure em Paris e se tornará professor de Física na Faculdade de Estrasburgo. Será quem receberá o cientista na cidade e o apresentará ao reitor da Universidade, o futuro sogro de Pasteur. Em Paris, também ajudará Louis na seleção dos estagiários para o laboratório na Rua Ulm.
 

Pasteur se torna bachelier em Letras em Besançon em 1840, mas para ingressar na École Normale é preciso o baccalauréat em Ciências. Além da preparação para os exames, recebe a proposta de ser professor suplementar, inicialmente sem remuneração. O Sr. Répécaud, provedor deste Collège, fica atento a este aluno, que mesmo não sendo brilhante, sabia como aprender e demonstrava ter um cérebro ordenado e classificador.
 

Louis aceitou o cargo, aos 18 anos. Enfrentou a displicência dos alunos, que não o levavam muito a sério, pela sua pouca idade. Gradativamente, conseguiu que o respeitassem, foi ganhando prática e com o tempo se tornou um dos professores mais queridos do Collège. Futuramente, receberá 300 francos anualmente por este trabalho, o que lhe permitirá pagar por si próprio os seus estudos.
 

Nas ruas de Besançon, além das referências a Pasteur, observa-se também memórias da cidade natal de Victor Hugo (1802-1885), escritor francês eleito membro da Academia Francesa em 1841, na qual Pasteur também ingressará em 1881.
 

Em um manuscrito datado de 07/02/1885, pouco antes da morte do grande poeta, Pasteur escreve “O menino sublime como Chateaubriand o chamou, merece ser chamado de velho sublime. Diante desta longevidade gloriosa, a França dá um espetáculo lindo. Sua aclamação é um grito de patriotismo”.

Referências:

DEBRÉ, Patrice. Pasteur. São Paulo, SP: Scritta, 1995.

GAROZZO, Filippo. Louis Pasteur. Rio de Janeiro, RJ: Três, 1974.

https://www.abebooks.com/signed-first-edition/DEDICATED-PASTEUR-VICTOR-HUGO-Examen-critique/19603200427/bd

Jules Marcou

Jules Marcou, amigo de Louis Pasteur no Royal Collège em Besançon e depois na École Normale Supérieure em Paris. Tornou-se geólogo. Pastel realizado por Louis Pasteur em 1842.

Jules Marcou

Jules Marcou torna-se geólogo. Participa da exploração científica das Montanhas Rochosas nos EUA. Ainda jovem, publicou o primeiro Mapa Geológico dos Estados Unidos (1853) e posteriormente o Mapa Geológico da Terra (1861 e 1875), que teve grande sucesso. Torna-se professor na Universidade de Harvard. Pasteur e Marcou correspondem-se até o final da vida.

Pasteur e o amigo Pierre Bertin

Pierre-Augustin Bertin, amigo desde o Collège Royal de Besançon, onde Pasteur vai estudar aos 17 anos, diplomando-se bacharel em Letras. Companheiro jovial e agradável. Bertin também estudou com Pasteur na École Normale. Torna-se professor de Física na Faculdade de Estrasbusgo. Recebe Pasteur em sua casa, em Estrasburgo em 22/01/1849. Apresenta-o ao reitor da Universidade, Aristide Laurent, que o convida a jantar em sua casa (Sr. Laurent se tornará sogro de Pasteur).

Lycée Louis Pasteur em Besançon
Victor Hugo

Victor Hugo, escritor e membro da Academia Francesa (eleito em 1841).

Dedicatória de Pasteur a Victor Hugo

Há relato de que “Louis Pasteur era sem dúvida um grande admirador de Victor Hugo. Em um manuscrito datado de 07/02/1885, pouco antes da morte do grande poeta, Pasteur escreve ´O menino sublime como Chateaubriand o chamou, merece ser chamado de velho sublime. Diante desta longevidade gloriosa, a França dá um espetáculo lindo. Sua aclamação é um grito de patriotismo” (Ref. www.abebooks.com/signed-first-edition/DEDICATED-PASTEUR-VICTOR-HUGO-Examen-critique/19603200427/bd).

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