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Casamento e filhos

Pasteur escreve ao amigo Chappuis dizendo que quando viu Marie pela primeira vez, sentiu que havia encontrado a sua companheira de vida. “Creio que serei muito feliz com ela. Tem todas as qualidades que eu poderia desejar em uma mulher” (Báez, 1995, p. 463).
 

O casamento ocorre em 1849 na Igreja de Santa Madalena. O casal residirá alguns anos em Estrasburgo, na Rue des Veaux.
 

Marie devota-se ao marido e cria, em torno dele, uma vida familiar tranquila, removendo as preocupações materiais. Desde os primeiros dias, a esposa não somente admitiu, mas aprovou que o laboratório vinha acima de tudo.
 

Madame Pasteur era discreta, comedida, circunspecta e autoritária. Caracterizada como uma mulher de ordem e dever, porém alegre e sólida (Perrot & Schwartz, 2017).
 

À noite, escrevia sob o ditado do cientista e lhe provocava explicações, pois se interessava realmente pelas facetas hemiédricas e demais pesquisas em andamento, às quais colaborou.
 

O casal teve 5 filhos, dos quais somente 2 sobreviveram até a idade adulta: Jean-Baptiste e Marie-Louise. A primogênita, Jeanne, falece aos 9 anos de febre tifoide. Jean-Baptiste (1851-1908) é o segundo filho, cujo nome foi escolhido em homenagem ao amigo cientista Jean-Baptiste Biot, o qual também foi seu padrinho. Aos 18 anos, este filho contrai febre tifoide, mas sobrevive. Torna-se diplomata em Roma, Copenhague, Madrid e Atenas.
 

Cécile falece aos 12 anos, também de febre tifoide, doença infecciosa que levou a morte de incontáveis pessoas no curso da história. Marie-Louise (1858-1934), apelidada Zizi, recebe o nome da junção dos pais. Será grande companheira e colaborará, assim como a mãe, em futuros experimentos e atividades de laboratório de Pasteur. Camille, a última filha, não sobrevive a um tumor de fígado, aos 2 anos de idade.
 

O falecimento de três filhos, em plena infância, abalou Pasteur. Ao longo dos anos, observa-se o quanto o cientista irá se dedicar à identificação dos agentes patogênicos e ao combate às doenças infectocontagiosas.

Referências:

BÁEZ, Manuel Martínez. Vida y Obra de Pasteur. 2ª ed. México, DF: 1995.

DEBRÉ, Patrice. Pasteur. São Paulo, SP: Scritta, 1995.

DUBOS, René. Pasteur e a Ciência Moderna. São Paulo, SP: Edart, 1967.

GAROZZO, Filippo. Louis Pasteur. Rio de Janeiro, RJ: Três, 1974.

PASTEUR VALLERY-RADOT, Louis. Images de la Vie et de l´Œuvre de Pasteur. Paris, França: Flammarion, 1956.

PERROT, Annick; SCHWARTZ, Maxime. Louis Pasteur le Visionnaire. Paris, França: Éditions de la Martinière, 2017.

 

 

Webgrafia:

https://phototheque.pasteur.fr/

Marie Pasteur

Retrato de Marie Pasteur exposto na Maison Pasteur na cidade de Arbois, França.

Igreja Santa Madalena

Sinalização em frente à Igreja Santa Madalena, na cidade de Estrasburgo, onde ocorreu o casamento do casal Pasteur em 29/05/1849.

Rue des Veaux

Placa sinalizadora da Rue des Veaux, em Estrasburgo, onde o casal residiu naquela cidade.

Fachada da moradia do casal

Fachada da moradia do casal, composto por conjunto de apartamentos.

Sinalização na fachada residencial

Sinalização na fachada residencial.

Três dos filhos de Pasteur

Três dos filhos de Pasteur, em fotografia do ano de 1862. Da esquerda para a direita: Jean-Baptiste, Cécile e Marie-Louise.

Cécile

Cécile Pasteur, em algum ano antes de sua morte, aos 12 anos, devido à febre tifoide.

Madame Pasteur e Camille em 1864

Madame Pasteur e Camille em 1864. A criança faleceu aos 2 anos de idade, devido a um tumor no fígado.

Marie-Louise Pasteur

Marie-Louise Pasteur, na época do seu casamento com René Vallery-Radot, em 1879.

Jean-Baptiste Pasteur

Jean-Baptiste Pasteur, filho do casal, em uniforme militar. Engajou-se voluntariamente em 1870 na guerra Franco-Alemã.

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