École Normale Supérieure
Pasteur é reprovado no 1º exame para a conquista do baccalauréat em ciências. Esse fracasso o fará se dedicar de modo mais determinado e menos orgulhoso aos estudos.
Louis sente-se inclinado às realizações práticas, e pensa, naquele momento, que seria melhor tornar-se engenheiro em vez de professor. Começa a se preparar concomitantemente para a École Polytechinique e para a École Normale Supérieure (ENS), mas o que o faz desviar da primeira opção é o aspecto militar, pois não está disposto a servir à bandeira.
Volta-se para o objetivo inicial das ciências. É admitido para a 2ª fase dos exames, mas insatisfeito com a 15ª colocação dentre 22 candidatos, prefere não fazer as provas e se preparar melhor para a reapresentação no ano seguinte.
Decide realizar novo ano preparatório em Paris, e não mais em Besançon. A habituação local junto ao amigo Chappuis o ajudará a superar o antagonismo repulsa-atração pela capital francesa.
Em Paris, assiste às aulas no Collège Saint-Louis e também atua como professor particular de matemática elementar a colegas igualmente instalados no Instituto Barbet.
Pasteur nem pensa em se distrair com a vida parisiense. Interessa-se por assistir às aulas ministradas na Sorbonne pelo químico Jean-Baptiste Dumas (1800-1884). O curso atrai um público considerável, de até 700 pessoas. A força deste exemplo o fará perceber a importância de ser capaz de cativar um auditório.
Este primeiro contato com a química será decisivo na escolha profissional de Pasteur, que seguirá admirando Dumas por toda a vida. Este respeitável químico se tornará seu mentor, peça-chave de diversas pesquisas científicas vindouras e também grande amigo.
Em 1843, Pasteur é admitido na E. Normale em 4º lugar. Solicita e obtém permissão para morar nesta École. Diariamente se dedica a 12h de estudos, incluindo conferências e trabalhos práticos.
Durante os 3 anos na ENS, Pasteur estuda e trabalha sem parar. O amigo Chappuis o arrasta para passeios forçados no Jardim de Luxemburgo, mas as conversas só dizem respeito às aulas e às experiências em andamento.
As primeiras experiências científicas vitoriosas enquanto aluno o motivavam a fazer parte da engrenagem universitária de compartilhamento de saberes.
Referências:
DEBRÉ, Patrice. Pasteur. São Paulo, SP: Scritta, 1995.
GAROZZO, Filippo. Louis Pasteur. Rio de Janeiro, RJ: Três, 1974.
PICHOT, André. Louis Pasteur: écrits scientifiques et médicaux. Paris, França: Flammarion, 2012.
ENS situada na Rua d'Ulm em Paris. | Louis Pasteur aos 21 anos, época em que ingressou na ENS. | Sorbonne Université |
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Sorbonne Université | Pasteur se inspira em Jean-Baptiste Dumas, em sua eloquência e capacidade de cativar um auditório. Dumas torna-se um mentor para Pasteur, além também de um grande amigo. Seu afeto por Pasteur é evidente nas correspondências. Ao ingressar futuramente na Academia de Ciências, é Dumas quem apresenta Pasteur a Napoleão III. | Busto Jean-Baptiste Dumas. |
Entrada histórica da École Normale Supérieure. | Ingresso na École Normale Suérieure em 1843. | Um dos acessos ao Jardim de Luxemburgo. |
Passeio do Jardim de Luxemburgo | Jardim de Luxemburgo |