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Infância e Juventude

Pasteur cresceu entre o cheiro do curtume da família e o aroma da uva das viticulturas locais de Arbois, no Jura. Essas primeiras sensações olfativas serão fundamentais para seus futuros trabalhos sobre as leveduras e seus preceitos higiênicos.

Dois dos melhores amigos de infância, os irmãos Jules e Altin Vercel, são filhos de vinhateiros, e residem em frente à sua casa. Pasteur produz o retrato de Altin em pastel.

O amigo do pai de Pasteur, capitão Barbier, fala de uma instituição no Quartier Latin, onde se preparam os alunos para as Écoles, dirigida por uma pessoa também do Franco-Condado, o sr. Barbet. Aos 15 anos, Pasteur e Jules vão à Paris para estudar e alojam-se neste local, Instituto Barbet, situado na Rua des Feuillantines, sem saída.

Jules era divertido e alegre, de modo que tudo era bom e agradável em Paris. Porém, Pasteur fica sem dormir, não come direito e só fala do Jura.

O Sr. Barbet faz tudo o que pode para ajudar na nostalgia do jovem Pasteur, que se encontra mudo e triste pela distância da família e saudades de Arbois. No entanto, vendo a situação não mudar, o dono do internato escreve ao pai para vir buscá-lo.

Futuramente, aos 17 anos, Pasteur retornará a este mesmo internato em Paris para se preparar para as provas da École Normale Supérieure. Desta vez irá com o amigo Charles Chappuis, conhecido desde o período em que estudou na cidade de Besançon, dos 15 aos 17 anos.

Logo, Pasteur prontificou-se a dar aulas particulares aos colegas mais atrasados, e conseguiu desconto de dois terços no valor da mensalidade. O sr. Barbet permitiu, desde que o jovem não lecionasse nos horários dedicados aos estudos, e assim decidiu-se por fazê-lo todos os dias, das 6h às 7h da manhã.

Depois de alguns meses, o Sr. Barbet resolveu isentá-lo de qualquer taxa, pela sua dedicação e ajuda ao internato.

Pasteur e Chappuis eram amigos próximos, compartilhavam leituras e mergulhavam em seus deveres de Filosofia. Gostavam de passar os finais de semana em uma biblioteca, lendo obras filosóficas. Os passeios na cidade eram raros.

Futuramente, Chappuis torna-se filósofo, doutor em Letras, professor e escritor, atuando como professor de Filosofia da Faculdade de Letras de Besançon. Uma das principais obras de Chappuis é sobre a Travessia dos Alpes por Aníbal (247 a.e.c-184 a.e.c), um dos primeiros eventos da Segunda Guerra Púnica.

Uma litografia deste amigo é feita por Pasteur em 1841, na época em que estudaram juntos em Besançon.

“Chappuis vai tornar-se, na vida, o amigo privilegiado e confidente de Pasteur” (Debré, 1995, p. 41).

Referências:

DEBRÉ, Patrice. Pasteur. São Paulo, SP: Scritta, 1995.

PASTEUR VALLERY-RADOT, Louis. Images de la Vie et de l´Œuvre de Pasteur. Paris, França: Flammarion, 1956.

Altin Vercel

Pintura em pastel de Altin Vercel, amigo de infância, feita por Louis Pasteur em 1839, aos 16 anos. Altin e Jules eram filhos de vinhateiros. Este último acompanhou Louis Pasteur em sua primeira estada na cidade de Paris.

Jules Vercel

Jules Vercel, amigo de infância de Pasteur. Eles mantiveram contato por toda a vida.

Cartas a Jules Vercel

Cartas ao amigo Jules Vercel.

Placa Maison Vercel em Arbois

Placa sinalizadora da Maison Vercel em Arbois.

Maison Vercel

Maison Vercel em Arbois, situada em frente à Maison Louis Pasteur.

Charles Chappuis

Charles Chappuis, em litografia realizada por Louis Pasteur e dedicada: "Retrato do meu amigo da filosofia, Ch. Chappuis. Feito em Besançon em 1841", Chappuis foi amigo e confidente de Pasteur até o fim da vida.

Obra de Charles Chappuis

Obra de Charles Chappuis.

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