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Viagem Científica

Pasteur decide viajar para a Alemanha em busca do ácido paratartárico, sabendo que procura a “pedra filosofal”, remetendo-se aos antepassados alquimistas.

Não obstante o hábito de destinar uma parte significativa de seu salário às próprias pesquisas, os gastos desta vez eram altíssimos. Seria impossível ir àquele país sem subvenção.

Jean-Baptiste Dumas consegue financiamento à viagem de 1852, que foi considerada uma missão oficial francesa aos laboratórios alemães.

Pasteur começa sua viagem em Zwickau, encontrando o industrial Friedrich Fikentscher (1799-1864), que explica que obteve muito paratártaro, mas que sua produção estava interrompida há 10 anos. A molécula desapareceu na Alemanha, tal como ocorreu no Thann, com o industrial Charles Kestner (1803-1870).

Em Leipzig, passa 10 dias examinando amostras. É ajudado por colegas alemães. Otto Linné Erdmann (1804-1869) coloca gentilmente o próprio laboratório à disposição de Pasteur.

Enquanto estuda os cristais, o cientista francês recebe Wilhelm Gottlieb Hankel (1814-1899), professor titular de física na Universidade de Leipzig. Hankel traduziu todas as dissertações de Pasteur para uma revista alemã. Deste modo, seu trabalho cruzava fronteiras.

Sai de Leipzig a caminho de Veneza e consegue o endereço do prof. de química Josef Redtenbacher (1810-1870), que atuou como seu guia e levou-o a visitar a fábrica do industrial E. Seybel. Esta fábrica usava o ácido tartárico austríaco para produzir o que julgava ser o sulfato de magnésio. Porém, tratava-se justamente do ácido paratartárico e a questão essencial de Pasteur estava resolvida.

Os dois meses de viagem se destinam à pesquisa, praticamente sem visitas a museus e monumentos. Em carta à esposa, Pasteur relata que, em sua opinião, a França é cheia de preconceitos sobre os estrangeiros, seus costumes, civilização e gostos.

Na volta, Pasteur presta contas da viagem a Kestner e propõe o método para fabricação e venda do ácido racêmico. Redige uma nota à Academia de Ciências e insiste no fato de que a química pôde progredir graças à indústria.

Referências:

DEBRÉ, Patrice. Pasteur. São Paulo, SP: Scritta, 1995.

DUBOS, René J. Louis Pasteur. Barcelona, Espanha: Grijalbo, 1967a.

Expo Pasteur

Fotografia de escadaria no Palais de la Découvert em Paris, em local designado à Expo Pasteur de 14/12/2017 a 19/08/2018.

Carta

Carta de Pasteur a Jean-Baptiste Biot comunicando sobre o ácido racêmico.

Mapa

Mapa designando as viagens de Pasteur.

Friedrich Christian Fikentscher

Friedrich Christian Fikentscher.

Otto Linné Erdmann

Otto Linné Erdmann.

Wilhelm Gottlieb Hankel

Wilhelm Gottlieb Hankel.

Josef Redtenbacher

Josef Redtenbacher.

Carta à esposa

Carta à esposa Marie, com detalhes da viagem e suas descobertas.

Nota academia

Nota apresentada à Academia de Ciências sobre a transformação do ácido tartárico em ácido racêmico.

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